Tudo o que há para saber de Miguel Ledro Henriques

O mundo sempre pareceu naturalmente tão belo, tão divertido, tão espantoso. O momento maravilhava-nos, o que tinha de ser feito simplesmente surgia, fazíamos intensamente, totalmente, absolutamente, e passávamos à próxima alegre brincadeira. As nuvens de passagem, as pedras no chão, os reflexos na água, estavam vivos, falavam connosco. Era fácil desaparecer no infinito e pontilhado céu nocturno. Cada um dos nossos dedos era uma personagem diferente numa história fantástica, agradecíamos à chuva turbulenta pelas poças que nos deixava enquanto saltávamos felizes por nos salpicarmos, a curiosidade insaciável trazia surpresas constantes. Em crianças, vivíamos num mundo mágico.
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