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O Rosto e a Obra

de Maria Ferreira da Silva

em 31 Jan 2021

  (...anterior) Vai andar alguns meses, um ano ou dois e depois percebe que não resultou. Está num vazio, não tem nada.
Há, pois, que pegar na meditação e trabalhar a nossa mente, purificando-a de várias formas, através de variadas práticas, como o autoconhecimento. Consciencializarmo-nos do que temos dentro de nós, se ainda temos algumas coisas para limar, como raiva, frustrações.
Os seres humanos têm muitas emoções e essas emoções podem mesmo afectar o cérebro e, portanto, também nos afectar o coração, bloquear-nos.
Temos de fazer uma caminhada no sentido dessa purificação. Ficarmos com a mente cada vez mais clara, para a conseguirmos dirigir. Educá-la no sentido de a levarmos à mente divina.
É este o sentido da meditação. Infelizmente a maior parte das pessoas não o entende assim. E eu ensinei muito isto.

AP – E nestes últimos tempos, já não tem ensinado assim tanto?

MFS – Não tanto, contudo ainda agora realizei um retiro de meditação de quinze dias. Fiz também workshops e palestras, mas durante sete anos, desde 2007, estive mais dedicada a estabelecer o Mosteiro Theravada, em Portugal.
Até aí fui tendo um trabalho sempre com os Mestres, de interiorização, de isolamento, com muita meditação e estudo, que me permitiu atingir uma certa estrutura espiritual, que me fez sentir mais segura, mais conhecedora daquilo que eu tinha de realizar e surgiu então a oportunidade, que há vinte anos esperava. Fundar em Portugal um Mosteiro Theravada.
Dediquei-me então durante esses anos a esse projecto e foi como se eu me tivesse ocultado. Não me promovia. Fui escrevendo, mas não com a assiduidade com que costumava fazer, fui-me escondendo atrás do projecto. Foi necessário trabalhar muito, mas finalmente eles estão cá. Está estabelecido e agora posso dedicar-me mais à escrita e àquilo que eu quero

AP – Que é?

MFS – A minha criatividade é o mais importante e, portanto, para além da escrita, na expressão do pensamento, a pintura é também um modo de expressar o interior através da beleza das cores. Nesta duas modalidades estou sempre a trabalhar, bem como, dispenso algumas horas por dia à Meditação. Desenvolver outras actividades, naturalmente dependerá das oportunidades que se apresentarem.

AP – Ainda não sabe?

MFS – Não, estou em aberto. Organizo Retiros quando me pedem. Vou escrevendo os livros. Não está ainda nada para sair, embora tenha um livro em preparação sobre Indianismo e, tenho o site que alimento com artigos e crónicas.
Mas acima de tudo, sinto-me livre. Sinto-me bem. Sinto-me realizada no sentido de me conhecer. Estou resolvida comigo própria. Não tenho nada que eu queira. Procurei, e o que procurei alcancei. Foi a minha união com o Divino ou Deus e é onde eu estou e onde sou feliz. Estou feliz onde quer que seja. Se for preciso fazer alguma coisa, o farei.

AP – O advento do Espírito Santo faz sentido para si? Uma comunicação interior de comunhão, embora comunhão de diferenças. Faz sentido trabalharmos nesse sentido? Dado que cada país é uma entidade espiritual com alguma individualidade, terá o Espírito Santo a ver connosco, com a alma portuguesa ou não?

MFS – Mas o Espírito Santo tem a ver com cada qual.
Cada pessoa é que pode sentir se está nessa relação com o Espírito Santo.
O Espírito Santo também tem a ver com aquilo, que no Hinduísmo se fala como Kundalini. A energia que sobe através da coluna vertebral e que pode fluir até à cabeça, deixando também as pessoas mais lúcidas e aptas a realizar essa comunhão
Se uma pessoa está mais aberta, mais sensível, mais lúcida, também pode captar melhor as forças e as energias que vêm de cima, do Espírito Santo, embora haja outras energias também.
Nós estamos muito ligados à tradição do Espírito Santo. Mas não acredito que este desça sobre as pessoas e que as transforme, como disse há bocado, …

AP – Por obra e graça do Espírito Santo…

MFS – Exactamente. Que haja uma iniciação colectiva assim tão contundente, tão forte, tão visível. Acho que não.
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