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O Vegetarianismo e os seus benefícios

de Lubélia Travassos

em 03 Jan 2023

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Em países com solo rico, e onde grande parte da população é miserável e passa fome, a maioria dos alimentos produzidos destinam-se a sustentar o luxo da carne, quando a mesma só alimenta uma pequena parcela da população, que certamente não morreria de fome se a deixasse de comer, pois existem muitas fontes alternativas entre os grãos que alimentam os animais. Aliás, com os cereais produzidos para satisfazer a pecuária, especialmente a soja, rica em proteínas, seria possível alimentar mais de um terço da população mundial que passa fome.

Está provado que se os homens fossem todos vegetarianos não haveria tanta fome no mundo. Na verdade, os rebanhos consomem uma grande parte dos recursos da Terra. Por exemplo uma vaca num único gole consegue beber dois litros de água, o que pode perfazer o consumo de 100 litros de água por dia e para produzir um quilo de carne poderá gastar-se até quarenta mil litros de água. Não obstante, para se produzir um quilo de cereais só deveremos despender mil e trezentos litros de água. Vendo bem um quilo de qualquer vegetal pode custar menos que o custo de 200 litros de água. Para um mundo que está a sofrer grandes problemas com a falta de água, isso constitui uma grande diferença para o agravamento económico de alguns países.

Como todos sabemos, grande parte dos vegetais e grãos que se produz no mundo serve para alimentar os animais que depois consumimos. Paradoxalmente os homens plantam vegetais e grãos que poderiam servir para a alimentação da humanidade que anda a morrer de fome, e nutre com eles os rebanhos que depois irão comer, o que o torna mais primitivo do que os próprios animais que, afinal são vegetarianos.

Há quem refira que o problema de comer carne é imoral e que não temos o direito de matar para comer. Todavia, não basta apenas deixar de comer carne para acabar com a matança. Infelizmente existem muitos mais produtos no mercado que incluem animais mortos do que nós podemos imaginar.

Comecemos por citar que uma grande parte da indústria de vestuário depende dos animais. Temos o couro, que é a pele dos animais abatidos. Para separar o fio da seda é necessário ferver o bicho-da-seda. Os filmes fotográficos e do cinema são recobertos por uma gelatina extraída da canela da vaca. Um Vegan que seja radical terá agora ao menos a oportunidade de tirar fotografias digitais. Dos pés dos bovinos extraem-se substâncias usadas na espuma dos extintores de incêndio. O sangue do boi é usado para um fixador para tinturas e a sua gordura é usada para o fabrico de pneus, plásticos, detergentes, velas e no PVC. Muitos cremes de barbear, champôs, cosméticos e dinamite derivam da glicerina, substância que contém gordura bovina. Uma grande quantidade de medicamentos é feita com partes de órgãos de animais bovinos, que vai do pâncreas ao cordão umbilical e testículos.

Na indústria alimentar, além do bife, há um pouco das vacas em vários produtos, que não damos conta. A gelatina deve a sua consistência ao colagénio extraído da pele e dos ossos, ou da mão de vaca. Inclusive a pastilha elástica contem colagénio de vaca, como quase toda a comida elástica. Até os queijos não escapam, visto serem curados com uma enzima do estômago do bezerro. Muitos outros animais são usados pela indústria alimentícia, além do gado bovino.

Questões Ambientais e Ecológicas

No aspecto ambiental vemos claramente que até um único bife pode ter um impacto ambiental assustador.

No derrube de florestas e áreas de cultivo para servirem de pastos, os danos ambientais são devastadores e contribuem ainda para o aquecimento global do planeta, tendo como um dos principais causadores do problema de efeito de estufa, os gases de flatulência libertados pelos bois e ovelhas.

Poucos se apercebem também, que ao tornarem a criação de gado numa indústria, os animais reproduzem-se numa tal proporção que excedem em número os seres humanos na razão de três para um, provocando uma considerável ameaça ambiental.
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