pág. 2 de 2
Alberuni na Índia
de K.K. Kullar
em 08 Abr 2006
(...anterior) É interessante notar que, segundo a observação de Alberuni, peregrinações não eram obrigatórias para os indianos mas facultativas e louváveis. Porém, pensou que dar esmolas era obrigatório: «Eles (hindus) não deixam o dinheiro ficar por um ano ou mesmo um mês, visto que isto seria um saque sobre um futuro desconhecido». Ele assistiu a grandes cenas de esmolarias em Kurukshetra, Thaneshwar, Benares, Multão, Lahoree e Srinagar.
Alberuni foi um livre-pensador cujo relato da Índia é objectivo, imparcial e pode-se depender dele facilmente como uma fonte importante da história indiana da época em que ela completou o seu primeiro milénio. Eis uma nota sobre Edward Carl Sachau (1845-1930) que traduziu Kitab- ul-Hindde Alberuni de arábico para inglês e introduziu a sua sabedoria ao mundo moderno. Sachau foi professor de línguas semíticas na Universidade de Viena e, mais tarde, professor de línguas orientais na Universidade de Berlim. A tradução é acompanhada por notas exaustivas que podem ser objectos de inveja de qualquer estudioso sincero. O livro de Sachau foi traduzido para urdu, hindi, bengali e russo. Uma edição abreviada da tradução inglesa também está disponível através do Truste Nacional de Livros com introdução e notas por Qayamuddin Ahmad. Alberuni Ke Geographiyi Nazariyat (A visão geográfica do mundo de Alberuni), escrito por o Dr. Hasan Askari Kasmi, foi publicado pela Agência para promover Urdu. É uma das descrições mais francas da sociedade indiana no século X e XI, sobre a qual, a matéria é tão rara como as fontes são poucas.
Já é a altura de avaliar Alberuni novamente na luz de invenções e descobertas científicas modernas, visto que ele era uma das personagens principais do primeiro milénio que conservou a sabedoria.
Da Revista "Índia Perspectives".
|