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A Criança e o Universo

de Ana Isabel Marques

em 01 Mai 2006

  (...anterior)
Deixar as crianças desenvolverem as suas próprias ideias e o seu próprio sonho
Não nos devemos esquecer que ao termos filhos estamos a cumprir com uma lei mais vasta do universo, e por isso os nossos filhos são também filhos do universo e têm de aprender a seguir o seu próprio caminho. Para isso os pais os orientam e os preparam para que aprendam a desenvolver o seu potencial, a ter os seus ideais e tornarem-se suficientemente fortes para lutarem por eles.

A maioria dos pais defronta-se constantemente com as suas frustrações, como adultos não realizados e como crianças inseguras e perdidas. Assim projectam a sua insegurança nos filhos querendo que eles sigam os seus sonhos e os seus ideais de vida, passando por cima das tendências dos filhos e do desenvolvimento da sua própria personalidade que pode não se adequar a esses ditos ideais, aos quais a criança reage das mais diversas formas. Este tipo de atitudes por parte dos pais é muito perigosa principalmente quando a criança chega à adolescência, pois ou a criança reage explosivamente provocando uma ruptura com os pais, ou aceita passivamente desenvolvendo uma personalidade dissimulada. Há ainda uma outra posição em que a criança aceita e procura fazer o que os pais esperam dela sentindo no entanto uma constante frustração que os torna infelizes e tristes, tornando-os desadaptados no seu processo de socialização.

Níveis de discernimento da criança
Quando a criança se desenvolve o seu nível de discernimento que no começo era global e embriónico, vai se tornando com o tempo mais lato, desenvolvendo-se numa forma espiral como mostra a figura 01. Não devemos esquecer que no adulto, o desenvolvimento do discernimento também se processa segundo o mesmo modelo. Assim, passamos agora a analisar os vários tipos de discernimento.
Numa primeira fase a criança desenvolve um tipo de discernimento mecânico que faz com que reaja a tudo o que se passa à sua volta, desde sons, imagens, estímulos que a relacionam com a mãe (§) e com os vários personagens que desempenham um papel preponderante na sua vida.
Depois o discernimento sensorial em que a criança começa a usar os cinco sentidos, ou seja as cinco janelas para o mundo, para conseguir compreender o que se passa e o que acontece à sua volta. Vê cores, tem sensações, gosta ou não gosta do que acontece, tem uma reacção àquilo que come conforme a sua preferência imediata.

Chega depois a vez da emotividade, e o discernimento emocional faz com que a criança observe o mundo com novos olhos, o gostar e o não gostar assumem uma proporção preponderante na sua vida. Gosta do que lhe dá conforto, gosta de brincar e de ir a festas, gosta que lhe digam que é bonita e boazinha, o que aliás é de extrema importância nesta fase para que ela se identifique com esse tipo de comportamento. Nada de mais negativo que dizer que a criança é feia e má, já que ela reage conforme, pensando que «pois se é feia e má, nada mais importa».
Chega a altura em que o discernimento conceptual começa a desenvolver-se. Passa a haver uma compreensão dos objectos e dos fenómenos. A criança identifica os objectos e sabe como funcionam. Começa a explorar esse factor usando toda a sua imaginação procurando imaginar objectos fantásticos com funcionamentos fantásticos. O imaginário da criança é prodigioso e é bom que o desenvolva na esfera do fantástico. Quanto mais fantástico for o mundo da criança mais capaz ela se torna, depois como adulto, de desenvolver a sua criatividade e pôr em prática os seus ideais, pois para ela o limite é o céu.

O discernimento social dá à criança o sentido do sacrifício, abdicar em prol do grupo de amigos. Nesta fase, que chega à sua plenitude na adolescência, o grupo de amigos chega ao seu máximo e a identificação do jovem está mais próximo do seu grupo de amigos do que com a família. Este é o primeiro voo para fora do seio da família. É uma fase muito importante pois quando as coisas correm bem, isso resulta em adultos com uma personalidade equilibrada e bem inseridos no seu contexto social.
O desenvolvimento da criança requer que esta passa de estádio em estádio para que se desenvolva plenamente.
  (... continua) 
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