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Kornark
de Sandeep Silas
em 28 Ago 2006
(...anterior) Todos os dias quando o Sol nasce na Baía de Bengala os seus primeiros raios suaves penetram no sanctum sanctorum como sinal de respeito e adoração. Depois, enquanto avança, ele abraça o templo lançando reflexos brilhantes sobre suas próprias representações. As imagens colossais da manhã, meio-dia e do pôr-do-sol são iluminadas pelos seus passos. Essas três figuras vigiam as três entradas que se aproximam – a Singhdwar, Gajdwar e Ashokdwar. O templo torna-se o centro do sol e ambos vivem em união amorosa durante o dia inteiro.
A lenda conta que um magnete com 53 toneladas foi colocado no topo da abóbada enquanto o magnete de 10 toneladas foi colocado na garbha griha. O fluxo magnético balança mais do que é visível pelo olho nu. O ídolo de Surya foi feito de Ashtadhatu (oito metais) e foi colocado no sanctum sanctorum.
Infelizmente, os interiores do templo foram preenchidos por ordem do honrado J.A.Bourdillon C.S.I. Tenente Governador de Bengala em 1903 a.C.
Isso foi feito para impedir o desabar eminente do templo ameaçado pelo clima e pelo tempo. Portanto, ele foi conservado e foi declarado como monumento pertencente ao Património Mundial.
É interessante notar que as quatro enormes rodas do templo que se assemelham a uma carruagem simbolizam a divisão do tempo e cada um deles significa uma quinzena. Cada roda é ainda dividida por oito raios que representam oito partes (Ashtaprahar) de um dia.
Cerca de 22.000 esculturas de pedra enfeitam o templo de maneira complexa.
Se se olhar de perto, existe uma cuidadosa separação entre as imagens de animais e seres humanos. No primeiro degrau vê-se principalmente figuras de animais – na maioria elefantes, No segundo vê-se imagens de pessoas sozinhas ou casais mas não grandes no tamanho. As imagens no topo são relevantes e eróticas. A sua exposição na estrutura do templo tinha o objectivo de oferecer à divindade o acto sexual. A união humana era considerada suprema e pura. São também apresentadas cenas de guerra, comércio, trocas na corte, caça, ensinamentos de sábios, nascimento de uma criança, trabalhos do dia a dia, figuras místicas e formas de dança.
A carruagem do sol transporta na sua marcha ruidosa as acções de um completo ciclo de vida. Nenhum aspecto é ignorado. A imaginação do homem colocou o ritmo na pedra. O efeito é completo. Os raios do sol cercam o templo, perpetuam a crença de que o ciclo de vida deve continuar.
Cortesia da Revista India Perspectives
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