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Apolónio de Tiana

de Lubélia Travassos

em 19 Out 2006

  (...anterior) O trabalho espiritual na vida de Apolónio consistia na prática da filosofia, assim como no ensino dos que desejavam aprendê-la. Apolónio tinha o hábito de evocar lições de moral, com base na história natural destes maravilhosos animais, de forma moderada. Não pretendia com isso ofender susceptibilidades, nem parecer pregar àqueles cujo carácter não era suficientemente forte, mas sim transmitir a todos a sua sabedoria pura.

Num dos seus ensinamentos, há um episódio em que o Mestre induz o discípulo, Damis, a pensar no prodígio que é um animal, como o elefante, tão poderoso como uma fortaleza viva, ao ser guiado por um rapazinho Indiano... Damis confessa estar tão maravilhado que seria capaz de comprar o rapaz se pudesse, por que se ele conseguia guiar um elefante, conseguiria, com certeza, dirigir uma grande casa de família de forma ainda melhor... Mas, o Mestre declarou-lhe que não era bem assim. O elefante é que era prodigioso, porque possuía uma grande independência, que lhe permitia governar-se a si próprio, por amor ao rapaz. O Mestre continua: «Na verdade, de todas as criaturas o elefante é a mais dócil. E, uma vez acostumado a submeter-se ao homem, é capaz de suportar todas as coisas que provêem dele. Adapta-se ao seu gosto, e adora ser alimentado pela sua mão, tal como um cão de estimação. Quando o zelador aparece gosta de acariciá-lo com a sua tromba, assim como deixá-lo pôr a cabeça dentro da sua boca, que consegue manter aberta o tempo que ele desejar. Verifica-se essa prática entre os Nómadas. No entanto, diz-se que à noite ele costuma lamentar a sua servidão, não com o barulho ensurdecedor, natural noutras alturas, mas com um murmúrio baixo e comovente. Caso alguém o surpreenda nesta situação, ele reprime o seu lamento, como se ficasse envergonhado. Por isso, é o elefante que se governa a si próprio, e é, por conseguinte, a própria natureza dócil que influencia a sua conduta, mais do que o rapaz no seu dorso que parece manejá-lo».

Damis regista esta conversa, e Filostrato publica-a. Certo é que os discursos de Apolónio se encontram tão repletos de lições maravilhosas que é uma pena não haver qualquer indicação que mencione que Damis as tenha visto na prática ou não. Contudo, tal como acontece com os ensinamentos da Escola Indiana de Filosofia, que Pitágoras (§) exercia, não serem desconhecidos, é natural que verifiquemos o impacto, do que possa parecer a muitos, de não passar de um pouco mais que conversa filosófica fiada. Nesta conversa simples sobre elefantes, que Apolónio de Tiana conhecia melhor que o seu discípulo, ainda que ambos os tivessem visto, pela primeira vez, ele procura, nesta viagem, usar uma ilustração exotérica, para descrever as doutrinas de fraternidade universal, que incluem todos os que vivem e respiram, e não são apenas exclusivas ao género humano. Na mesma perspectiva, encontra-se a vida do filósofo, que se submete às leis da natureza por sua livre vontade, e não como um escravo para com o Mestre. Ele cumpre o seu dever na situação presente, até se desenvolver, fora daquelas circunstâncias, em devido tempo, e se torna mais sábio pela experiência. Assim, muitos destes diálogos demonstram o método. A situação é posta, insipidamente, perante o aluno e, se ele for inteligente, a intuição mostrar-lhe-á a prática que deverá seguir ou não conforme lhe agradar. De qualquer forma, o Instrutor nunca o forçará a nada e, por vezes, dissimula propostas de imensa importância sob uma aparência exterior de conversação trivial.

Tal como refere Filostrato: “Eles tiveram juntos muitos discursos filosóficos do género, a maior parte dos quais extraídos das ocorrências do dia a dia, conforme merecesse ser comentado.” De acordo com as palavras da Escola Indiana de Filosofia – “A Vida é o Principal Instrutor”.
Madame Blavatsky, no seu Glossário Teosófico, devota quase uma página completa a esta figura histórica, Apolónio de Tiana, que nasceu numa cidade Greco-Romana, agora conhecida pela Turquia moderna.
  (... continua) 
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