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A Morte - Início de Vida? II Parte

de Zelinda Mendonça

em 23 Out 2006

  (...anterior)

«Na morte o homem exterior desmorona para deixar emergir cristalina ou negramente o homem interior que foi nascendo. Num momento vê-se a si mesmo, o que foi e não foi. E vendo-se o homem se auto -julga e assume a situação que lhe corresponde».

«Com a intuição penetrante da inteligência banhada pela graça de Deus, depara-se com a proximidade do mistério de Deus que o prevale até à raiz do ser».

«Normalmente o homem na morte se abre ou se fecha totalmente para aquilo que em vida se abriu ou se fechou».

O Purgatório
(amadurecimento em Deus)

Toda a vida do homem é um processo de amadurecimento pessoal que na morte deve desabrochar totalmente. Isto é válido para todos sejam eles cristãos, pagãos, crianças ou adultos.
Biologicamente o homem vai definhando, pessoalmente deve em ordem inversa, crescer e amadurecer até irromper na esfera divina.
Que acontece ao homem que chega ao final da vida sendo ele pecador e imperfeito? – Com Deus ninguém convive se não for totalmente de Deus. É aqui que reside o lugar teológico do purgatório – o homem imaturo carece de madureza. O homem pecador carece de santidade.
O Purgatório será a graciosa possibilidade que Deus concede ao homem de poder e dever na morte madurar radicalmente. É esse processo doloroso, no qual o homem na morte actualiza todas as suas possibilidades, se purifica de todas as pregas que a alienação pecaminosa foi estigmatizando a vida, pela história do pecado e suas consequências (mesmo após o seu perdão) e pelos mecanismos de maus hábitos adquiridos ao longo da vida.
Na Bíblia é-nos referido que nos lembremos e rezemos pelos mortos que embora invisíveis, não estão ausentes. S. Paulo não fala de purgatório mas num processo de crescimento na perfeição.

O INFERNO
(absoluta frustração humana)

O inferno é criado pelo condenado para si mesmo. É o endurecimento de uma pessoa no mal. É um estado do homem e não um lugar para o qual o pecador é lançado. É a máxima infelicidade que o homem pode realizar para si. Na Bíblia o inferno é referido metaforicamente como:
- fogo inextinguível
- choro e ranger de dentes
- as trevas exteriores
- o cárcere
- etc.

Segundo Leonardo Boff, «o valor destas imagens reside em nos mostrarem a situação do condenado como irreversível e sem esperança”
“Horrível é o dia quando percebe que tudo foi em vão, que não consegue nunca mais alcançar o seu objectivo».
A maior frustração é a ausência de Deus, uma existência absurda.

O Céu
(absoluta realização humana)

- «é o lugar onde Deus mora».
- «é a realidade transterrestre que constitui a atmosfera de Deus, infinita».
«Céu não é a parte invisível do mundo. É o próprio mundo, contudo no seu modo de completa perfeição e inserido no mistério do convívio divino».
O céu realiza o homem em todas as suas dimensões. É a total reconciliação do consciente com o inconsciente, das sombras com a luz, do homem com o cosmos
O céu começa na terra. É a potencialização daquilo que já na terra experimentamos.

O processo da morte de acordo com:

Livro Tibetano dos Mortos
O Bardo Thodol

Segundo os Tibetanos o processo completo da morte é de 49 dias e oito são os estádios de dissolução da grande cadeia
De acordo com entrevista feita ao Dalai-Lama e transcrita no livro “Emoções que Curam” os quatro primeiros estádios correspondem à morte clínica e os quatro últimos estádios são descritos de acordo com «certas experiências visionárias durante as quais algumas energias relativamente subtis ainda persistem, embora pouco a pouco se dissolvam, até que, finalmente, na conclusão do oitavo estádio, a energia mais subtil deixa de estar presente no corpo, não desaparece, mas separa-se do corpo. O seu apoio ao corpo cessa».

O facto de no Oriente as pessoas morrerem nas suas casas facilita a observação deste processo.

1º estádio – dissolve-se o agregado da forma ou matéria (é o nível mais
baixo) dissolve-se o elemento “terra”.
  (... continua) 
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