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O Jainismo - A Mais Antiga Religião Viva

de Jyoti Prasad Jain

em 20 Nov 2006

  (...anterior) Com o prosseguir dos estudos que essa civilização dita do Vale do Indo irá no futuro revelar, poderá ser que ainda se possa concluir que os povos que primeiro habitaram o continente indiano, aqueles aos quais se chama drávidas, seriam os criadores da brilhante civilização pré-aryana, havia muito extinta, das principais cidades Harappā (§) e Mohenjo-Daro, entre outras, e que eles seriam possivelmente aqueles aos quais tem sido atribuída aquela religião antiquíssima fundada por Ṛṣabha – o Touro - em ligação com a Suryavaṃśa – a lendária e famosa dinastia solar da tradição dos reis de Ayodhyā. Ou seja, que eles teriam tido como religião aquela à qual muito mais tarde se chamou Jainismo.

Assim como os jainas pretendem no decorrer das idades ter convertido muitos governantes ilustres, tais como imperador Aśoka (§), Vikrama, Bhoja e talvez Akbar – o Grão Mogol no século XVI - um muçulmano!; assim também, essa fé, antiquíssima, ao que parece, afeiçoou o pensamento daqueles que pretensamente teriam chegado à Índia, e desse encontro de civilizações resultou uma civilização enriquecida, humanizada e espiritualizada, única no mundo.
O Jainismo deriva o seu nome daquele dado ao 24º reformador que foi contemporâneo do Buddha (§), o Sábio, vivendo ambos cerca de 500 a. C.
O autor, o Dr. Jyoti Prasad Jain, neste seu notável trabalho prova, apoiado pelo testemunho de grandes especialistas em indianismo de várias épocas, tanto indianos como do mundo ocidental, que o Jainismo é originário da Índia, que vem de tempos imemoriais a afeiçoar o pensamento que aí se desenvolveu e que é tão antigo ou anterior ao Vedismo.

De facto, a religião dos Vedas, na origem, não era dotada de muitas das feições que posteriormente apresenta, e que tem a sua origem na cultura local. Os sacrifícios védicos de animais - e até de seres humanos! - complicadíssimos, foram gradualmente substituídos por oferendas de frutos e produtos considerados raros e valiosos, que eram deitados no fogo que os fazia ascender aos deuses; o culto das águas lustrais, das plantas sagradas, de pedras, a zoolatria e tantos aspectos da religião, tais como a existência de yoguis, considerados pelos āryas de início como “magos sem cultura védica”, a lei de ahimsā – a inofensividade, foram enriquecendo e espiritualizando o pensamento védico por influência dos nativos que tinham também a crença na existência post-mortem.
Pensa o autor que o Jainismo era a religião dos povos aos quais se chama dravídicos, ou seja os primeiros habitantes da Índia, os quais seriam os criadores daquela brilhante civilização de características urbanas tão desenvolvidas que até conhecia a arte da escrita, da qual deixou bastos exemplos, embora continue a guardar avaramente o seu segredo, civilização de um império ao qual o grande especialista da pré-história da Índia, Stuart Piggott, se refere como “one of the nameless kingdons of western Asia” que ocupou uma vasta área do continente indiano.
Sugere também o autor ser a Índia o local onde os chamados āryas teriam tido o seu berço de acordo com a opinião de vários autores indianos. Cremos que vários desses autores terão sido B. G. Tilak (§), Ganganath Jha, D. S. Triveda, L. D. Kalla, Śri Kanta Śāstri, K. M. Munshi e certamente muitos outros eruditos.

O 24º reformador desta religião que temos estado a referir, que teria sido Vardhamāna, foi chamado Jina, isto é o vencedor, derivado da raiz ji que significa vencer. É pois Jina – o Victor – e por derivação, Jaina o seu adepto. Também o epíteto Mahāvīra (§) lhe é atribuído – o de grande – Mahā, e herói – vira ou homem valente (cf. o latim vir).
  (... continua) 
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