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Textos Sagrados são os registos que evocam o divino. Neste espaço eles irão testemunhar a reverência espiritual da humanidade, porque asseguraram e continuarão a assegurar, a herança que dirige o rumo da contínua evolução dos seres. A Sabedoria perene e a força espiritual irradiam através dos tempos, sob a égide de Escrituras Sagradas.


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Bhagavad Gītā - XII Capítulo

de Rājarāma Quelecar

em 04 Jan 2007

  A Bhagavad Gītā ensina-nos que a finalidade do homem é a sua espiritualidade e que todo o homem deve trabalhar sem esmorecer para alcançá-la utilizando para esse fim, todas as suas possibilidades, esclarecendo-nos mais as verdades superiores da filosofia e da religião, a conduta do homem na sociedade e a da sociedade humana no mundo cósmico. Quando nós deixarmos de nos limitar neste centro estreito que é o nosso corpo realizaremos então em nós Deus que é o nosso Eu. São estes e outros ensinamentos que tornam o poema maravilhoso.

Caminho da devoção
I
Arjuna: - Os Yogīs adoram o Deus pessoal e os sábios amam o Absoluto imutável, não manifestado; desejo saber quem prima entre os dois.

II
Śri Kṛṣṇa: - aquele que, com a fé extrema, concentra o seu espírito em Mim, está em união comigo, Eu o tenho por Yogī devoto.

III
Aquele que adora o Absoluto omnipresente, não manifestado, essência eterna de tudo, imutável e inconcebível,

IV
E tendo ele conquistado o auto-domínio, trata como iguais todas as criaturas e consagra toda a sua existência para o bem de todos, Me chega, também.

V
Mas é pesado o esforço a que esse tem de se sujeitar para amar o Absoluto. É uma tarefa árdua para o homem em geral.

VI
Porém, se renuncia em Mim todas as suas acções, dedicando-se-Me inteiramente, adorando-Me ininterruptamente, meditando em Mim, profundamente,

VII
E fixa todo o seu espírito em Mim, Eu o livro deste oceano tempestuoso do viver e do agir que o leva, no final, à morte.

VIII
Por isso, concentra tu toda a atenção em Mim, polariza toda a tua inteligência em Mim, e desta forma, sem dúvida, residirás em Mim.

IX
Se não és capaz de fixar todo o teu espírito em Mim, persevera em habilitar-te na prática do Yoga (§), e assim Me atingirás a Mim.

X
Se, ainda, és incapaz dessa prática, então adopta tu o principio de servi-Me, isto é, praticar todas as acções pelo amor de Mim, e assim alcançarás a perfeição.

XI
E se tu te julgas, ainda, incapaz disso, então o único meio que tens é o de capitular e, consequentemente, com a reflexão, renunciar a Mim todos os frutos das tuas acções.

XII
Pois do esforço do homem ao conhecimento da verdade é um passo; do conhecimento da verdade à sua contemplação, é outro; da contemplação ao renunciamento dos frutos das acções, é o terceiro; e logo em seguida a paz suprema. Eis a norma natural da devoção.

XIII
Assim, aquele que não odeia nenhuma criatura e é amigo de todos e piedoso, sem egoísmo nem possessivo, equânime perante o prazer e a dor, e indulgente.

XIV
E bem assim, sempre contente e mestre de si, da resolução firme, Me ama dedicando-Me toda a sua mente e a razão, é devoto Meu querido.

XV
Aquele que não enfastia ninguém, nem é enfastiado pela sociedade, e é isento da paixão, da cólera, do medo e da angústia. É devoto da Minha predilecção.

XVI
Aquele que não ambiciona coisa alguma deste mundo, é puro, sempre pronto para servir quem quer que seja, abnegado, sem paixões, renunciou todas as iniciativas, é devoto a quem amo.

XVII
É devoto, também, aquele que não exulta nem se entristece, não deplora nada, sem desejos, renunciou ao bem como ao mal e sempre dedicado para Mim.

XVIII
Aquele que vê na igualdade os amigos e os inimigos, é equânime perante a honra e o opróbrio, o calor e o frio, o prazer e a dor, desprendido de tudo.

XIX
E é indiferente perante a glória e a obscuridade, silencioso, sempre satisfeito, sem o domicílio fixo, e imerso em Mim, é devoto que prezo.

XX
E tenho por melhor devoto quem faz de Mim o seu único fim supremo e, com a fé e a exactidão perfeitas, segue as normas enunciadas na lei imortal da devoção.
   


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