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Mosteiro Budista
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Vinhetas da Arte Visual Indiana

de Utpal K. Banerjee

em 05 Fev 2007

  (...anterior) Frescos das Cavernas de Ajanta Esta última peça é uma composição soberbamente organizada que representa quatro leões de pé que são voltados para os quatro pontos cardinais como emblema de poder e há ainda quatro figuras animais, alternadas com quatro rodas que representam a corrente de unidade que é fundamental na existência cósmica. Estas figuras encontram-se em cima de um lótus – a fonte de vida e inspiração criativa, e a peça inteira monta-se em cima de uma roda – o Dharma Chakra, símbolo da Lei Universal. Um simbolismo tão transparente é o padrão das antigas artes visuais. A arte de Ajanta, que abrange um inteiro milénio, também começa a partir do século III a.C.

O segundo auge na arte indiana aconteceu por volta do segundo século d.C. com o extraordinário realismo dos ícones do Buddha (§) no período dos Kushanas no noroeste da Índia. As imagens do Buddha, como ser humano nas esculturas Gandhāra, foram inspiradas pelos modelos greco-romanos, enquanto as imagens da escola de Mathura se basearam nos protótipos duma Yaksha (divindade da natureza) indiana. Os dois estilos interagiram e resultaram nas clássicas esculturas budistas do período do império dos Gupta onde os hast mudas (posturas da mão) simbolizavam a piedade universal – pregando a lei, invocando a terra como testemunho, meditação e a conferir a paz e as bênçãos.
Nas esculturas e pinturas das regiões dos Himālayas (§), encontram-se imagens estilizadas, ao lado de cenas narrativas dos grandes acontecimentos na vida do Buddha.
Nas esculturas das cavernas de Udaygiri, perto de Bhubhaneswar, há uma outra representação das donzelas dançantes na Rani Gompha (a caverna da rainha) que data do mesmo século. No sul, surgem os épicos literários na escola da literatura Sangam, com obras-primas como, por exemplo, a Silapadikaran, Malaya Murathum e Mani Mekhlai, todas as quais contêm referências às artes visuais da época. No norte o Natya Shashtra (a ciência da dança) delineou os preceitos harmoniosos do Rasa, que é a essência artística – o elemento que penetra e transforma todos os aspectos da vida. Rasa é a mesma qualidade – uma onda crescente de beleza, e na sua ausência até um objecto de proporções e cores perfeitas continua a ser inanimado.

Pela época do terceiro auge no sétimo século, a arte de Ajanta atingiu o seu cume de perfeição. Numa incomparável representação visual e artística, a anatomia é representada duma forma soberbamente decorativa, uma intuição sensual de forma e cor. Recapitula o inteiro processo da história humana: a mãe (§) com uma criança, a criança a brincar, o jovem a gozar dos prazeres da vida, o declínio dos sentidos, o afastamento da domesticidade, a tormenta da alma, e ao fim, a iluminação tranquila – e a volta ao mundo dos homens. É essa última descida para as maneiras tortuosas do mundo ordinário que se revelou de grande significância à arte. No sul, também no sétimo século, as pinturas encontradas em Badami, a capital da dinastia dos Chalukya, as pinturas Tirunandikkara de Tamil Nadu e as pinturas da época Pallava em Sittannavasal todas mostram traços da graça e simplicidade das pinturas de Ajanta. A arte monumental budista de Amarāvatī também é de grande importância, e a Brihaddesi de Matanga desenvolveu substancialmente os conceitos estéticos. Rapidamente, se verificou a grandiloquência das pinturas e esculturas de Ellora. No norte, uma síntese das filosofias das escolas de budismo – a Mahāyāna e a Vajrayāna – introduziu uma nova e inovadora fase de arte himalaiana, com numerosos ícones e manuscritas ilustradas que o grande mestre tântrico Padmasambhava, o monge budista Shantirakshita e o discípulo Kamalashila levaram para as montanhas das planícies.

Ao fim do século XI, realizou-se o quarto auge. As pinturas da época da dinastia Chola desenvolveram-se em Tanjavur e estas trocaram a serenidade de Ajanta por um extraordinário dinamismo. Também se manifestou o potente simbolismo na magnífica imagem em bronze do Nacaradas, uma representação do Deus Śiva dançando, que irradia uma intensa força de vivacidade na figura.
  (... continua) 
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