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O Conde de Saint Germain

de Lubélia Travassos

em 19 Fev 2007

  (...anterior) Palácio de Versalhes Eles pretendem tornar o Duque de Chartres, Duque de Orleans, um primo do Rei (mais tarde chamado Filipe Egalité, e que tinha votado a favor da sua morte, na Convenção), no seu líder e pensam livrar-se dele depois de atingirem os seus fins. Mas, entretanto, acontecerão muitas desgraças e muitos crimes, antes da ordem ser restabelecida. Todo aquele que for honesto não poderá contar com a protecção da lei e, por outro lado, os malfeitores não terão qualquer receio dela. O poder cairá nas mãos de sanguinários e criminosos, que destruirão a Igreja Católica, a Aristocracia e a Justiça”.

A Rainha, aí, interrompeu-o e retorquiu que, sendo assim, apenas a Realeza deveria permanecer. O Conde, então, respondeu: “Nem sequer isso. A Realeza também desaparecerá”.
Após estas sinistras profecias, o Conde pediu à Rainha para apresentá-lo ao Rei Luís XVI. Mas, antes de responder ao seu pedido a Rainha perguntou, cheia de curiosidade, onde tinha nascido o Conde, e que idade tinha. Ele respondeu-lhe que tinha sido em Jerusalém, e pediu permissão para não revelar a sua idade porque acreditava trazer má sorte. A Rainha, a seguir, acentuou: “Assim, quanto ao que me diz respeito, e à minha própria sorte, não posso ter ilusões. Por isso poderá ir-se embora, e será mais tarde informado da decisão do Rei”. Todavia, aconselhado pelo Senhor de Maurepas, Luís XVI nunca recebeu o Conde de Saint Germain, por Maurepas ter achado que ele era um grande intriguista.»
Saint Germain tentava, com a sua presença profética e dominadora, provar que era necessário que se desse uma transição para uma nova Era, cujo fim da velha ordem se tornava inevitável. Tinha como plano a fundação de Estados Unidos em toda a Europa, antes que a Revolução eminente em França não deixasse nada de bom ou mau das casas reais Europeias. Ele tentou por várias vezes avisar o Rei Luís XVI e a Rainha Maria Antonieta de que se estava a preparar uma terrível revolução. Escreveu várias cartas à Rainha para advertir do perigo e colapso eminente e, que, se não ouvissem as suas advertências chegaria a uma altura em que a crise atingiria um ponto que não seria mais possível evitar tal revolução. Mas, lamentavelmente os seus esforços saíram frustrados, não foram capazes de compreender as suas profecias e ignoraram, completamente, os seus conselhos, pelo que se viu obrigado a afastar-se.

O Conde de Saint Germain deixou, novamente, a França e instalou-se na Prússia, na casa do Conde Charles de Hessel-Cassel, um grande protector das ciências secretas. De acordo com o historiador Alain Decaux, em 1776 o Conde foi primeiro para a Saxónia e depois para a Prússia onde foi recebido por Frederico II. Naquela altura o Príncipe Karl de Hesse também lhe estendeu a sua hospitalidade. Era um grande admirador do Conde de Saint Germain e afirmava ser seu discípulo. Considerava-o um dos maiores filósofos de sempre, um grande altruísta que só pretendia adquirir dinheiro para ajudar os pobres. Além do que amava muito os animais, e a sua única preocupação era a felicidade dos outros. Consta que morreu na Prússia a 27 de Fevereiro de 1784, mas em 1785 foi visto num Congresso Maçónico, em Paris e, em 1788, o Conde de Chalons afirmou que tinha falado com ele, durante uma hora, na Praça de São Marcos, em Veneza.
Em 1789, antes da Revolução Francesa, a Condessa de Adhémar recebeu em casa uma carta do Conde, com o seguinte teor: “Senhora Condessa, tudo está perdido. O sol que se põe hoje não verá a realeza amanhã. Um reinado de problemas e grandes desordens suceder-se-á. Como sabe tentei tudo o que me foi possível para resolver a situação, porém riram-se de mim, e agora já é demasiado tarde. Gostaria de saber o que aquele diabo do Cagliostro tenciona fazer. Olharei por si, mas seja prudente e sobreviverá aos estragos da tempestade. Resisti à tentação de ir visitá-la, pois não saberia o que conversar. Pediu-me uma coisa impossível. Infelizmente não poderei fazer mais nada pelo Rei nem pela Rainha, nem tampouco pela família real.
  (... continua) 
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