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A Evolução de Pinturas Miniaturas na Índia

de Harinder Sekhon

em 14 Mai 2007

  (...anterior) Os pormenores de colorido, composição, delineação e decoração melhoraram imensamente. A força motriz atrás da actividade artística na Índia ocidental foi o Jainismo, visto que esta região tinha muitos centros importantes de comércio habitados por comunidades de jainistas negociantes prósperos e influentes. Os ricos negociantes jainistas de Gujarat foram grandes patrões de arte. Eles encarregaram um grande número de textos sagrados jainistas que foram escritos e ilustrados lindamente e apresentados por eles aos seus preceptores para ganhar mérito religioso. Estes tesouros de arte sobreviveram às invasões muçulmanas e oferecem contribuição valiosa ao estudo de evolução e desenvolvimento da arte de pintura neste período. O Jainismo também foi patrocinado pelos reis da dinastia de Chalukyas que dominaram em Gujarat e nas partes de Rajastão e Malwa do século X ao século XIII.

As pinturas miniaturas de palma datando do período inicial geralmente representem uma única divindade com as figuras de doadores contra um fundo púrpura, vermelho ou azul com as cores amarelas, branca e verde completando a paleta.
Uma maior variedade de temas foi introduzida a partir do século XIV quando frisos de elefantes, cisnes e motivos florais foram pintados nas margens das páginas para o objectivo de decorar. Introduziu-se o uso generoso de ouro e prata em escrever o texto para melhorar a qualidade dos manuscritos.
As ilustrações nos manuscritos não podiam ser muito simétricas. As figuras são de uma estatura curta com feições angulares, olhos projectando-se para fora no espaço e caras representadas muitas vezes em perfil. O nariz é definido, em bico e proeminente. Os olhos, peitos e ancas são alargados. Todavia, as miniaturas são requintadas, cheias de vida e têm um bom esquema de cor.
Para preparar os manuscritos ilustrados, duas pessoas foram empregadas – um escritor para o texto que deixou espaços brancos para ilustração, e um pintor que preencheu os espaços brancos mais tarde.

Os manuscritos foram geralmente conservados entre duas capas de madeira, que foram também pintadas com ilustrações de temas jainistas. Muitos destes manuscritos são disponíveis nos templos e bhandars (bibliotecas) jainistas em vários lugares na Índia ocidental, por exemplo, em Patan, Cambay, Jaisalmer e Bikaner.
Antes do fim do século XV, o estilo persa começou a influenciar o estilo de pintura da Índia ocidental. Um número de manuscritos da Pérsia foram copiados na Índia, que ofereceu uma oportunidade aos artistas indianos para ver e estudar arte persa. A ascendência persa é evidente na expressão facial e no uso de cenas de caça que aparecem nas margens de alguns manuscritos ilustrados do Kalpasutra em Ahmedabad.

Os exemplos mais requintados de pintura pertencendo aos primeiros meados do século XVI são representados por um grupo de miniaturas geralmente designado como o grupo de Kulhadar, que inclui ilustrações da Chaurapanchasika, uma colectânea de fólios isolados apresentando uma grande variedade tais como Gītā Govinda, o Bhagavata Purāṇa e o Rāgamala. O estilo destas miniaturas destaca-se pelo uso de cores brilhantes e contrastantes, desenho vigoroso e angular, roupagens transparentes, e a aparência de chapéus cónicos (Kulhas) sobre quais as figuras masculinas trazem turbantes. As pinturas pertencem à fase transicional destacando o desenvolvimento do estilo da Índia ocidental para o estilo inicial Rajasthani. A realização graciosa da figura humana é especialmente uma característica encantadora e prevalecente desta nova fase com um vasto reportório de motivos e desenhos. Estas miniaturas geralmente têm um fundo vermelho, e nalguns casos azul, verde ou amarelo. A composição básica destas obras é variada e livre de convenções estabelecidas. Os temas populares que abriram novas perspectivas para os artistas foram as lendas de Kṛṣṇa, Rāgamala, contos populares de Laur Chanda, Mrigavat entre outros. Estas miniaturas contribuíram imensamente ao surto e evolução dos estilos Rajasthani de pintura.

Cortesia da Revista India Perspectives
   
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