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A Angélica e os Óleos Essenciais

de Eduardo Novo

em 21 Mai 2007

  (...anterior) Esta mudança de apelação justifica-se plenamente uma vez que, sob a acção do oxigénio, da água, do vapor de água e da temperatura, as moléculas aromáticas da essência sofrem diversas modificações (oxidações, hidrólises, restruturações) mínimas em certos casos, importantes noutras. Assim por exemplo, a essência das folhas de Satureja hortensis, analisada por captação directa (com a ajuda de um aparelho especializado) contém muito pouco de carvacrol, mas por sua vez o óleo essencial já é particularmente rico nesta substância química."

3.2. Propriedades físicas das essências e óleos essenciais

As essências e óleos essenciais tem propriedades físicas comuns, variando no entanto em função dos seus constituintes. À temperatura ambiente são líquidos, raramente viscosos (mirra, etc.) ou cristalizados; com uma temperatura mais baixa podem cristalizar parcialmente ou totalmente (anis- anetol, menta dos campos- mentol, Thymus satureioides- borneol, etc.); raros são aqueles que solidificam com o frio (Tanacetum annuum- camazuleno) (Franchomme, 1990).
São voláteis, o que os opõem aos óleos gordos; essa volatilidade é por sua vez a origem do seu carácter odorante e permite o seu arrastamento pelo vapor de água.
São mais ligeiros que a água e não miscíveis, o que permite a sua separação no vaso florentino (separador) acoplado ao alambique. No entanto alguns óleos essenciais tem uma densidade superior à da água como é o caso do ssassafrás, do cravinho e das sementes de cenoura. Normalmente são muito pouco solúveis em água, o que não impede que alguns compostos sejam mais solúveis do que outros ( verbenona do alecrim, lavandulol da alfazema, etc.). Por outro lado são totalmente solúveis nos óleos gordos ( os melhores solventes dos óleos essenciais) como óleo de girassol, amendoim, cártamo, grainhas de uva, amêndoas doces, e particularmente solúveis em álcoois e solventes orgânicos.

3.3. Biossíntese

As essências vegetais são elaboradas pelas plantas aromáticas no seio de células secretoras. A sua elaboração é totalmente tributária da radiação solar sem a qual o rendimento em princípios aromáticos e mesmo a sua natureza seriam afectados. Na sua presença, e particularmente em função da predominância desta ou daquela radiação, os tipos de compostos poderão variar consideravelmente dentro de uma mesma espécie (Franchome, 1990).
As duas principais vias no que respeita à produção das essências são a via dos terpenoides (a mais comum e representativa) e a via dos fenilpropanoides. A secreção das substâncias conduzindo ao óleo essencial, ocorre na planta em estruturas que são extra celulares, afim de evitar todo o contacto tóxico (Bernard, 1991). Os locais de acumulação são também os locais primários de síntese dos terpenos, bem que essa biossíntese se faça por sua vez em cavidades de secreção glandular, em células especializadas ou em associação com glândulas particulares.

3.4. Localização das células secretoras isoladas ou organizadas em
glândulas

As estruturas glandulares (e as células secretoras isoladas) podem se encontrar em todos o órgãos vegetais, vegetativos e reprodutores: sumidades floridas, frutos, raízes.
Raras são as plantas em que as suas estruturas estão presentes num só órgão; a maioria possuem-nas em todas as suas partes; é o caso da Angelica archangelica (raiz, caule, folhas, flores e frutos), e bem que a composição das essências de cada uma das diferentes partes seja diferente uma da outra, todas guardam um traço comum.
O óleo essencial da Angélica normalmente está contido em formas chamadas canais secretores. Estes canais secretores não possuem paredes próprias e teriam tido por origem uma lacuna no seio do parenquima donde as células vizinhas se diferenciàrão em células secretoras (Bernard, 1991).
No que respeita à parte subterrânea, Chalchat e Garry (1992) precisaram que o teor de óleo essencial é máximo na raiz (0,45%), e bastante fraco nas radículas e na parte suberosa (0,33 e 0,17%).
  (... continua) 


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