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A Angélica e os Óleos Essenciais

de Eduardo Novo

em 21 Mai 2007

  (...anterior) Os rendimentos são frequentemente superiores em extracção a CO2 supercrítico com relação à hidrodestilação e à destilação a vapor, pois esta técnica permite a obtenção de compostos que a destilação a vapor não consegue extrair. Em contrapartida, esta última induz no produto certas notas particulares que podem interessar ao utilizador. Com efeito, reacções como as de Maillard (Tressl, 1993) podem transformar diversos compostos durante a distilação, mudando assim o aroma e a fragrância das essências obtidas. Os produtos resultantes da acção do solvente sobre as raízes da Angélica são também de natureza diferente. Por exemplo, as extracções com pentano efectuadas por Chalchat e Garry (1993), tinham por compostos principais as coumarinas.
De um ponto de vista quantitativo, Ojala (1986) assinalou que o óleo essencial de raiz de diferentes populações de Angélicas varia entre 0.3 e 1.1% da matéria seca. Para corresponder à Farmacopeia francesa, a quantidade de essência deve representar 0.2% da matéria seca no mínimo desde Janeiro de 1996 (a norma era de 0,4% antes dessa data).Para além disso, ele constactou que a quantidade de óleo das raízes flutua ao longo de todo o ciclo da planta.

Os estudos de Ojala (1986), conduzidos sobre o óleo essencial de Angélica obtido
Forsen (1979) descobriu que as proporções de felandrina variavam com a idade da planta.
Ojala (1986) por sua vez demonstrou que as variações em proporções dos diferentes terpenos podem-se traduzir por morfologias distintas e que a composição do óleo essencial de um ano sobre o outro, no seio de uma mesma espécie, mantém-se estável.

3.8. Função

Os óleos essenciais são metabólitos secundários, ou seja produtos químicos caracterizados por uma distribuição limitada e uma função indefinida ou pouco evidente no que respeita à fisiologia da planta produtora (Hay e Waterman, 1993). No entanto mesmo constatando que as moléculas aromáticas se situam no fim da cadeia metabólica, não será suficiente para as considerar como moléculas de segunda ordem.
Em certa medida, dentro de uma perspectiva estritamente molecular, os compostos aromáticos constituem para o vegetal uma reserva energética indispensável. Os indivíduos que efectuam a colecta sabem que em tempo encoberto o impacto odorífero da planta é menor, pois segundo Franchomme (1991), esta última reutiliza provavelmente os seus constituintes aromáticos voláteis para suprir a diminuição de actividade fotossintética logo que a necessidade se faça sentir. A reciclagem ocorre sob a forma de glucósido terpénico solúvel. A essência constitui portanto, com toda a evidência, uma reserva energética, um "concentrado solar" no seio do vegetal.
Por outro lado, no plano da biologia relacional (da planta com o seu meio), a essência representa uma "informação-circulante" de prima importância. Uma aura envolve a planta aromática, atraindo os amigos e repudiando os inimigos.

Que a cor e a forma têm uma importância apreciável na atracção exercida sobre os insectos polinizadores, já nós sabemos, mas temos que reconhecer que as exalações perfumadas que se espalham no ar são mais intensamente detectadas. As abelhas (que criadas na ausência total de odor, apresentam uma atrofia do seu sistema nervoso) (Franchomme, 1991) quando muito jovens, condicionadas a respirar geraniol, demonstraram quando libertadas, uma atracção preferencial rumo às flores que sintetizam e exalam essa molécula.
Ao contrário do aspecto positivo da vertente "sedução aromática", encontramos também, por um lado a fácies "negativa" pela repulsão dos "indesejáveis" (como no caso do Teucrium marum, produzindo iridodial, repulsivo para os insectos e os herbívoros), e por outro lado, a luta integrada contra os agentes patogénicos susceptíveis de pôr a vida da planta em perigo. Pois ela deve também providenciar um combate contra as agressões microbianas de qualquer natureza.
  (... continua) 


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