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Sermão no carro de batalha

de K. Sundara Raman

em 28 Mai 2007

  (...anterior) A Gītā previne-nos contra este desencadear de catástrofe desmoralizante e diz: Prepara-te para a batalha (da vida) tratando de forma igual o prazer e a dôr, o ganho e a perca, a vitória e a derrota porque samatvam yoga (§) ucyate (II.48) equanimidade da mente é chamada de yoga.

A Gītā desenvolve o Karmayoga com uma estratégia soberba que integra dois opostos, acção versus resignação, de tal forma que é tão convincente quanto prática. Ela aconselha karmayoga em vez de karmasannyāsa, i.e., renúncia na acção e não, renuncia à acção. A libertação da acção não acontece pela abstenção dela. Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que não fazemos. Quando o karma prende um autor, o karmayoga liberta-o e por isso a Gītā aplaude a renúncia ao fruto das acções, mais ainda que à meditação. (XII. 12). O Karmayoga triunfa sobre a lei do karma ao conseguir separar o autor, das consequências dos seus actos. Assim neutraliza com sucesso a lei do karma. A acção realizada sem desejo nem apego torna-se uma sādhana. O caminho para atingir a iluminação faz-se sem apego e qualquer trabalho honesto é a mais nobre das acções, e é um sacramento tão bom quanto o de um culto religioso. A ausência de paixão implica a cessação de preferências de qualquer tipo. Mesmo uma guerra sangrenta, quando combatida com o sentido de um fim superior em resposta a uma chamada do dever, não avilta (ou desonra) o autor. Assim a Gītā não faz da violência ou da não-violência um credo, apenas sublinha a acção certa na atitude certa.
A Gītā reconhece o poder da vontade humana por causa da divindade potencial que existe na alma humana. Cada um tem a liberdade de se levantar ou de cair. As acções de cada um são o seu amigo ou o seu inimigo. O destino não é irrevogável. É conquistável pela perseverança, diligência e esforço constante.

Uddharet ātmanātmānam
Natmānam avasādayet
Ātmaiva hy-ātmano
bandhur-ātmaiva ripurātmanah (VI.5)

«Que cada um se erga a si próprio por si mesmo
e não se degrade cada um em si mesmo
o seu próprio aliado ou o seu próprio inimigo».

«Sê um lanterna para ti próprio. Trabalha o teu caminho com diligência para a salvação» foi a mensagem final de despedida do Senhor Buddha (§) aos seus monges e para o mundo em geral.
Ninguém está perdido aos olhos de Deus. Todos os pecadores são santos por terminar, assim se resolvam na rectidão e se virem para Deus renunciando totalmente ao seu desejo (vontade). Vālmiki e Tulasidās são exemplos. Como diz Tuladisās: «um pedaço de carvão perde a sua negritude e torna-se brilhante quando o fogo o penetra. A graça da salvação é para todos».

caturvidhā bhajante mām «Quatro tipos de homens virtuosos me adoram, oh Arjuna
janāh sukritino´rjuna - O aflito, o buscador de conhecimento, o que aspira
ārto jijnāsuh arthārthi à riqueza, e o sábio».
jñāni ca bharatarshabha(VII.16)

Entre os quatro tipos de aspirantes à graça Divina, o sábio (jñāni) goza de um especial privilégio de Deus porque ele é como uma imensa quantidade de toros de madeira que, enquanto flutuam pela corrente abaixo vão levar muitos deles ao seu destino, como Śri Rāmakrishna (§) Paramahansa disse. Um sábio permanece em paz e irradia paz. Assim a Gītā (IV.38) diz, na hi jñānena sadrisham pavitram iha vidyate -
«Não há na terra nada igual à pureza da sabedoria».
A Gītā exorta quer bhakti (devoção), quer prapatti (entrega total a Deus). A devoção é a submissão amorosa de um coração devoto. A devoção não é adoração de ostentação ritualística com pompa e fausto. Não é a oferta calculada, mas a atitude do ofertor.
  (... continua) 
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