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Bhagavad Gita (Gītā) - Canto XVIII

de Rājarāma Quelecar

em 25 Jun 2007

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XXIV
A acção empreendida sob o ímpeto de desejos, com egoísmo e com esforços desmedidos, é chamada Rajásica.

XXV
A acção praticada cegamente, sem consideração à força ou capacidade, nem às suas consequências, sem calcular o dano ou violência a outrem, é considerada como Tamásica.

XXVI
O autor é chamado Sátvico quando age com abnegação, sem egoísmo, com resolução firme e com entusiasmo, sendo indiferente perante o bom ou mau sucesso;

XXVII
O autor é chamado Rajásico quando age com paixão, com ambição dos frutos de acção, cobiçoso, impuro, violento e brutal nos meios, alegre quando tenha bom sucesso e triste com insucesso.

XXVIII
O autor, quando é indisciplinado, vulgar, pérfido, dissimulado, negligente, triste e trapaceiro, é chamado Tamásico.

XXIX
Compreende oh Arjuna, que a inteligência e a vontade têm cada uma, três aspectos, segundo as suas qualidades; vou-te explicar tudo, sem nada omitir:

XXX
É Sátvica a inteligência quando ela faz compreender o que se deve fazer e o que não se deve fazer, o que é legítimo e o que é ilegítimo, o que é prejudicial e o que é útil, o que sujeita à escravidão e o que dá liberdade;

XXXI
A inteligência que não sabe discernir o que é lícito e o que é ilícito, o que é justo e o que é injusto, é Rajásico, oh Arjuna!

XXXII
A inteligência obscura, que toma o imoral por moral, o injusto por justo e vê todas as coisas obtusamente é Tamásica.

XXXIII
A vontade que nunca vacila e que dirige firmemente a mente, os sentidos e o sopro vital, esta é chamada Sátvica;

XXXIV
A vontade que vigia com interesse a ambição dos frutos da acção, os deveres, a riqueza e os desejos, é chamada Rajásica.

XXXV
A vontade que torna o homem estúpido e o impede de largar o sono, o medo, a dor, a angústia e o orgulho, é chamada Tamásica.

XXXVI
Compreende, agora, oh Arjuna, o que te vou expor sobre a tríade do prazer e, compenetrando-se deste conhecimento, o homem pode evitar, completamente, a dor.

XXXVII
O prazer que se alcança empregando, no inicio da acção, esforços gigantescos e penosos e que dá em resultado a paz da alma, é chamado Sátvico;

XXXVIII
O prazer causado pelas relações dos sentidos com os seus objectos, que no início é como o néctar, mas no final é peçonha, é chamado Rajásico;

XXXIX
O prazer que tanto no início como no fim, é uma ilusão e que provém do sono, da preguiça ou da indolência, é chamado Tamásico.

XL
Tanto na terra como no céu, não existe ente algum que possa isentar-se das três qualidades originadas da Natureza.

XLI
E, segundo a combinação das variantes dessas qualidades, se constitui o natural do brāhmane, do śatria, do vaiśia e do śudra.

XLII
A calma, o auto-domínio, a austeridade, a pureza, a indulgência, a rectidão, o conhecimento intuitivo e discursivo, a fé religiosa, são atributos do Brāhmane;

XLIII
O heroísmo, o valor, a coragem, a vigilância, a não deserção, a generosidade, a autoridade, são atributos do śatria;
XLIV
A agricultura, a criação do gado e o comércio são actividades naturais do vaiśia. Todo o trabalho tendo o carácter de serviço é função natural do śudra.

XLV
Todo o homem que se concentre na acção que convém à sua própria natureza, atinge a perfeição. Compreende, oh Arjuna, como se atinge a perfeição praticando as acções adequadas à sua natureza:

XLVI
O homem atinge a perfeição adorando, por meio das suas obras, o Ser Supremo, que é origem de todos os seres e que penetra todo o universo.

XLVII
É preferível a cada um a sua própria lei da acção, por imperfeita que seja, à doutrem bem aplicada. Ninguém incorre no pecado quando age segundo a lei da sua própria natureza.

XLVIII
Nunca se deve abandonar a acção que se coaduna com a sua natureza, por ser defeituosa; porque toda a acção consumada tem os defeitos que a encobrem, tal como a fumaça encobre o fogo.

XLIX
Aquele que, com desinteresse, pratica a acção, dominando o mental, extinguindo todos os desejos, com renúncia inteira a si mesmo, alcança a quietude e chega à perfeição.
  (... continua) 
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