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Tratado de Meditação - 3ª Edição

de Maria

em 28 Mar 2022

  (...anterior) O conhecido passa a ser parte do Conhecimento ou do conhecedor. O Conhecimento passou para a interiorização do Ser, para expandir o Ser. Naturalmente, para se chegar a este Conhecimento, implica haver outros conhecimentos, outras ciências auxiliares e sobretudo, disciplina espiritual: purificação de coração, concentração, Meditação, silêncio, interiorização, recolhimento, eliminação de desejos. Deste modo, o Conhecimento com a realização espiritual constitui uma conquista gradual no caminho de busca permanente para obter a graça libertadora: a Consciência divina.

Ser consciente é um estado do Ser com dimensões da realidade que se vão descobrindo ao chegar a tal estado. Não é um estado de consciência psíquica ou de emoção, subjectiva, mas é um estado sereno, aquietado, fruto de realização interior, de identificação e conhecimento do Absoluto. O Conhecimento nesta base é iluminação. Esta Consciência não é apenas um estado de consciência, ela é de Ser, é um estado iluminativo, de claridade mental, mas não só: ela ultrapassa o conhecimento de si ou a consciência de si; é um saber para além do conhecimento, da materialidade, é Consciência pura, a qual já não é nada ao nível da identificação humana, nem sequer de si mesmo. É a super Consciência inacessível à consciência directa, é um campo numa dimensão da Realidade, a pura, sem ilusões. Já não são estados subjectivos, são modos de Ser, dimensões da realidade integrada na Realidade Absoluta.

Obviamente, a Filosofia expressa uma linguagem, mas a sua nobreza depende da claridade mental de quem a usa, de quem a formula. Por exemplo, o sânscrito, suporte linguístico dos Yoga (§) Sūtras, é o mais alto exemplo de uma língua precisa, objectiva e concreta, onde todas as palavras contêm um significado profundo e directo. Cada palavra sânscrita é um tratado filosófico, é em si uma autoridade, um alimento inteligente para a mente.

Nos Yoga Sūtras, cada palavra é, por si só, um símbolo profundo que sintonizada com cada passo da realização interna do Ser, se torna inter-activa: age sobre a Alma e vai directa à mente e ao coração. As palavras têm o condão de destruir barreiras ou obstáculos emocionais, dando espaço à mente para abarcar uma energia mais pura e renovadora do pensamento, para a realização espiritual. Isto, aliado a uma prática contínua de Meditação, permite encontrar minuciosamente, a cada momento, o seu próprio ponto de evolução ou a superação desses obstáculos, como um ganho irreversível no caminho de aperfeiçoamento, que será de Libertação.

Todas as Filosofias da Índia e, neste caso, dos Yoga Sūtras, acabam por ser um fenómeno linguístico; expressam a Verdade da linguagem, em que cada palavra é uma meditação, mas ao mesmo tempo, quase uma sentença, tão clara e directa à mente, que por vezes se torna difícil de ser assimilada por aqueles que ainda estão longe de revelações demasiado profundas e reais. Cada palavra tem a força para abrir portas à realidade da vida. As palavras não são meros instrumentos mentais, mas são os próprios instrumentos em si, são o pensamento em vez do ser pensante. Cada palavra é um mantra.

Concluímos que o aperfeiçoamento do homem nunca acaba: o homem é uma obra inacabada. A iluminação não é um fim, mas o princípio de algo que transcende o humano. Se alguém se diz iluminado, está a ser limitado e a levantar barreiras à sua própria Libertação. O Ser liberto não tem limites, não tem metas, vive por si só a plenitude do Absoluto, porque o Absoluto tem muitos graus de integração. Um grau que representa mais uma integração na Divindade é também mais uma porta que se abre para o Infinito.

Outra obra posteriormente publicada, o “Guia de Meditação” (2004), representa uma continuidade deste “Tratado de Meditação”, abrangendo explicações mais detalhadas, pelo que ambas se completam.

"Tratado de Meditação Baseado nos Yoga Sutras de Patanjali", editado na sua 3ª edição, disponível em Publicações Maitreya.

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