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324 Dias na Índia

de Rui Pereira

em 28 Dez 2007

  (...anterior) Como Dharmānanda dizia nas palestras «- Não precisam de aceitar estes ensinamentos como verdades absolutas. Olhem para estes ensinamentos como alimento para a mente».

Notas: Referirei os termos: “Pensamento Yogī” ou “Filosofia Yogī”, pois parece-me mais apropriado do que termos como “Pensamento Indiano” ou “Pensamento Hindu”, já que estes últimos me parecem demasiado generalistas.

Uma das questões que sempre me fascinou foi perceber a relação entre a parte psicológica e a parte espiritual. As ideias que transportamos parecem ter em última analise o poder de nos fazer expandir infinitamente ou de nos estagnar por eras! Isto parece ser verdade tanto para um indivíduo como para um conjunto de indivíduos...
Outro ponto que me parece interessante referir é o facto de, “Aquilo que É” (que podemos chamar: “a Verdade”) É e continuar a sê-Lo, quer estejamos em harmonia com Ela ou não. Transcrevo um pequeno trecho da “Autobiografia de um Yogī”: «- Não é questão de crença; a atitude científica que se deve adoptar em qualquer assunto é a de saber se é verdade. A lei da gravidade funcionou tão eficientemente antes de Newton como depois dele».
Por exemplo, a psicologia ocidental fala de um ‘inconsciente’ e a psicologia yogī fala-nos de um “superconsciente” para a mesma realidade. A questão é que ‘inconsciente’ transporta certas qualidades que estão intrínsecas na própria palavra. Não será isto semelhante a dizer “– A passagem está fechada”, quando na realidade não existe nada a fechá-la!? (Nenhum muro, nenhum portão!) Na realidade o que parece existir é uma barreira mental que foi assumida colectivamente. Não será isto importante de ser considerado? Vejamos mais um pouco... “Superconsciente” transporta-nos para algo de grande, que não sabemos o que é, mas deixa sempre um pouco de curiosidade para descobrir. Para além do consciente e do subconsciente existe um “superconsciente”! Intuitivamente parece que mesmo entre Ocidentais se procura descobrir cada vez mais que estado é este, isto prova-nos o crescente interesse pela meditação e o Yoga (§)! Certamente que estas pessoas não estão procurando um estado de ‘inconsciência’ mas certamente de “superconsciência”!

Dizem-nos os Yogīs que através da meditação profunda se pode conhecer esta “superconciência” que é um estado de ‘Pura Consciência’ que pode ser experienciado por todos os indivíduos directamente (porquê beber de charcos se posso beber da Fonte?). É o próprio indivíduo que o deseja sem que disso pareça aperceber-se...
A compreensão de que, para realizar estes estados de “superconsciência” é imprescindível conhecer corpo e mente, é condição fundamental, para que seja depois possível transcende-los (“Conhece-te a ti mesmo!”). Este é um processo gradual que requer tempo e espaços próprios. Cada passo é um passo a menos, por muito distante que seja o destino. Mais importante ainda do que dar início ao caminho é saber em que direcção caminhar! Neste caso, saber a direcção a tomar já faz parte do próprio caminho.
Uma das grandes vantagens em termos práticos destes conhecimentos é uma sensação de tranquilidade que lentamente se vai instalando em nós, que vai ganhando espaço, à medida que as compreensões se vão fazendo e que determinadas realidades em nós vão sendo experienciadas.
A questão da “identificação” ganha importância central. No que se refere à mente deixo estes pensamentos: «Os pensamentos são o material base da vida». «Se sofro ou desfruto, tudo depende do domínio do pensamento». «Cada vez que tenho um pensamento, energia mental é dissipada». «Temos o poder criativo de alterar padrões de pensamento negativo em padrões de pensamento positivo». Diria mesmo que é primeiramente neste nível interno que este poder deve ser usado! A materialização ao nível externo desta criatividade será já uma consequência destas forças positivas em acção no nosso interior.

Psicologicamente falando, com o que me devo então identificar? Swāmiji não se cansava de repetir: «Eu sou Eterno, Eu sou Imortal, Eu sou felicidade».
  (... continua) 


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