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324 Dias na Índia

de Rui Pereira

em 28 Dez 2007

  (...anterior) Pequenas igrejas, como vêem na Índia; qualquer pessoa pode fazer um templo. Façam vocês também, os vossos templos; uma nova idade de igrejas. Jesus no centro, a Mãe (§) Maria à direita, Maria Madalena à esquerda (dizia sorrindo) e ponham um pouco do meu Rāma, do meu Kṛṣṇa... Ponham o Buddha (§)... Façam uma nova idade de igrejas!... Nas vossas casas, nos lares, quartos... Ponham de lado que Jesus é o único salvador! Definitivamente é um dos melhores mestres alguma vez nascido, mas não o único salvador. Incluam tudo, nada de exclusivismos».
As águas do Ganges, sempre refrescantes, continuavam o seu curso natural... Os peregrinos vinham e iam... As vacas prosseguiam na sua vida tranquila... Os macacos por vezes visitavam o āśram, testando os mais distraídos. Certo dia, enquanto “dormitava” após o almoço, na simplicidade do meu quarto, no āśram, ouço sons que me pareciam bem próximos. Ainda me ocorreu que talvez não estivesse a ouvir bem. Após reforçar a atenção constato que os ditos sons são mesmo dali. Abro os olhos e vejo um macaco, que me observa também, com um ar bem atrevido a comer tranquilamente a segunda banana! Na Índia a noção de privacidade muda um pouco... Tinha deixado a porta aberta o que pareceu ser uma espécie de convite...
Os últimos dias na Índia estavam programados para Gokarna, no sul da Índia, onde já tinha passado anteriormente. Viagem a fazer de comboio durante cerca de 30 horas, feitos em compartimento de primeira classe com Laura. Não que tivesse sido por nossa vontade, mas sim por força das circunstâncias, já que todos os outros bilhetes estavam esgotados, “obrigando-nos” assim, a comprar este bilhete de primeira classe em compartimento de duas pessoas, atravessando a Índia desta forma, de norte a sul, é algo que a ter nome só pode ser “mordomias bucólicas”. Depois das despedidas no āśram e carregando a mochila, ainda pesada, fui surpreendido pela oferta, completamente inesperada, de um motociclista que me aguardava para me dar boleia, até à paragem dos autocarros que fica a uns quatro quilómetros do āśram. Era um dos empregados do restaurante onde habitualmente ia. Lembro-me de me ter despedido deles, mas o que aconteceu foi completamente inesperado. Curiosamente do outro lado do rio o trânsito estava completamente parado, o que com os meios de transporte habituais me teria feito, certamente, perder o autocarro. O que valeu mesmo foi aquela moto e as ruas secundárias que ele bem conhecia. Cheguei a tempo para o autocarro pretendido. Tudo parecia estar surpreendentemente sincronizado...

Em Gokarna, ainda se festejava o Divāli (a festa da Luz) o que dava um sabor especial de festividade, entre procissões, fogo de artifício ou a iluminação nocturna do tīrtha com milhares de velas... O mar continuava belo e apelativo... Os últimos dias passaram tranquilos... Tive o prazer de conviver novamente, com “a portuguesa” que ali habita. Foi ela quem me enviou para Rishikesh, o quadro que terminei momentos antes de apanhar o comboio para Bombaim, viagem de regresso à Europa. Era uma oferta que fazia a Swāmiji Dharmānanda que com prazer também faço neste espaço. Swāmiji comentara nas palestras que gostaria de ter uma imagem de Madre Teresa (foto), pois tem-lhe especial devoção referindo-a sempre pelo trabalho social que fez na Índia. Achei que podia fazer alguma coisa...
Foi “a portuguesa” que me levou à estação de Gokarna numa viagem de coragem na sua vespa, que não se apresentou nada simples, já que levávamos as mochilas, por estradas de buracos, claridade “lusco-fusco”... Foi ela ainda que me preparou uns bolinhos de coco especiais para a viagem de regresso... Que mais precisava eu?
«- NADA».
Dedicado à “energia feminina”.
   


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