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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior) Isto pode não soar a grande conhecimento, mas o que na realidade implica é um padrão universal: o que quer que esteja sujeito a surgir está sujeito a cessar; é impermanente e “não-eu”... assim sendo, não se apeguem, não se iludam com aquilo que surge e cessa. Não procurem refúgio, naquilo que querem confiar e respeitar, em nada que surge – pois essas coisas cessarão.
Se quiserem sofrer e desperdiçar a vida, partam à procura das coisas que surgem. Todas elas vos levarão ao final, à cessação, e não vos tornarão mais sábios por isso. Continuarão, simplesmente, às voltas neste ciclo, repetindo os mesmos tristes hábitos e quando morrerem, não terão aprendido nada de importante com a vida que viveram.
Em vez de só pensarem nisto, contemplem-no verdadeiramente: “Tudo o que está sujeito a surgir, está sujeito, a cessar”. Apliquem isto à vida em geral, à vossa própria experiência e aí irão compreender. Fixem isto: princípio... fim. Contemplem como as coisas são. Este reino dos sentidos é todo ele feito do surgir e do cessar, princípio e fim; nesta vida pode-se alcançar o entendimento correcto, sammā ditthi. Não sei por quanto tempo o Kondañña viveu após o sermão do Buddha (§), mas nesse momento ele foi iluminado. Nesse mesmo instante ele obteve entendimento correcto.
Eu gostaria de sublinhar o quão importante é desenvolver este tipo de reflexão. Em vez de apenas se desenvolver um método para tranquilizar a mente, que certamente é uma parte da prática, tentem perceber que meditação correcta envolve dedicação nesta sábia investigação. Observar as coisas profundamente, envolve um esforço corajoso; não se analisarem a vós próprios ou fazerem juízos de valor sobre a causa do sofrimento pessoal, mas estarem determinados a seguir o caminho até obterem um entendimento profundo. Tal entendimento está baseado no padrão de surgir e cessar. Assim que esta lei for compreendida, tudo é percebido, adequando-se a esse padrão.
Isto não é um ensinamento metafísico: “Tudo o que está sujeito a surgir, está sujeito a cessar”, não se trata da derradeira realidade, realidade imorredoira, deathless; mas se souberem de forma profunda e verdadeira, que tudo o que está sujeito a surgir, está sujeito a cessar, então compreenderão a derradeira realidade, a verdade imortal. Este é um meio hábil para alcançar a realização final. Percebam a diferença: a declaração não é metafísica mas leva-nos a uma realização metafísica.
Moralidade e cessação
Através da reflexão das Quatro Nobres Verdades, trazemos ao consciente o problema da existência humana. Observamos esta sensação de alienação e apego cego à consciência sensorial, o apego para com aquilo que está separado e se destaca na consciência. Devido à nossa ignorância, apegamo-nos ao desejo por prazeres sensoriais, quando nos identificamos com o que é findável ou transitório e, como tal, insatisfatório. Esse apego torna-se sofrimento.
Os prazeres sensoriais são todos eles prazeres efémeros. Aquilo que vemos, ouvimos, tocamos, saboreamos, pensamos ou sentimos é momentâneo, passageiro, sujeito a findar. Assim quando nos apegamos aos sentidos ou a sensações passageiras, apegamo-nos, por assim dizer, à morte, ao fim. Se ainda não contemplámos ou compreendemos isto claramente, apegamo-nos cegamente à mortalidade na esperança de a evitar por uns tempos. Nós fingimos que vamos ser verdadeiramente felizes com as coisas às quais nos apegamos, só para, eventualmente, nos sentirmos desiludidos, desesperados e desapontados. Podemos até conseguir tornar-nos naquilo que desejamos, mas isso também é momentâneo, findável. No fundo estamos somente a apegar-nos a outra condição passageira com um fim certo. Assim, com este desejo de mortalidade podemos vir a apegar-nos a ideias de suicídio ou aniquilação, mas o fim propriamente dito é apenas mais uma condição findável. A que quer que seja que nos apeguemos nestes três tipos de desejos, estamos a apegar-nos a algo passageiro e limitado, o que significa virmos, eventualmente, a sentir desapontamento ou desespero.
A morte da mente é desespero; a depressão é um tipo de experiência de morte da mente.
  (... continua) 


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