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Mosteiro Budista
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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior) A perfeita maturidade emocional inclui Esforço Correcto, Atenção Correcta e Concentração Correcta. Está presente quando não estamos envolvidos em flutuações e vicissitudes, quando temos equilíbrio e clareza e somos capazes de ser sensíveis e receptivos.

As coisas tal como são

Com Esforço Correcto podemos aceitar as diferentes situações com calma, em vez de entrar em pânico por pensar que depende de nós pôr toda a gente na linha, tornar tudo certo e resolver os problemas de todos. Fazemos o melhor que podemos, mas compreendemos que não depende só de nós fazer tudo isto ou tornar tudo melhor.
A dada altura, quando estava em Wat Pah Pong com o Ajahn Chah, apercebi-me de muitas coisas que estavam erradas no mosteiro. Então fui ter com ele e disse, «Ajahn Chah, isto não está a correr bem; tem de fazer alguma coisa». Ele olhou para mim e disse, «Oh, sofres tanto, Sumedho. Tu sofres tanto. Tudo isso mudará». E eu pensei, «Ele não quer saber! Este é o mosteiro ao qual ele dedicou a vida e está a deixar ir tudo pelo cano abaixo!». Mas tinha razão. Passado certo tempo a situação começou a mudar e, somente devido ao facto de suportar a situação calma e pacientemente, as pessoas começaram a perceber o que estavam a fazer. Às vezes, temos de permitir que vá tudo pelo cano abaixo para que as pessoas possam perceber essa experiência.
Percebem o que quero dizer? Por vezes certas situações na nossa vida são assim, não há nada que possamos fazer, por isso permitimos as coisas serem como são; ainda que se tornem piores, permitimos que assim seja. Porém, ao fazermos isso não estamos a reagir de forma negativa ou fatalista; é um tipo de paciência: estar disposto a suportar algo permitindo que a situação mude naturalmente, em vez de egoisticamente tentar aprumar e limpar tudo, porque não gostamos ou temos aversão à confusão.
Então, quando as pessoas nos perturbam, nem sempre nos ofendemos, magoamos ou ficamos transtornados com o que acontece, nem ficamos despedaçados ou destruídos com aquilo que nos possam dizer ou fazer. Conheço uma pessoa que exagera tudo. Se hoje algo corre mal, ela diz, “Estou totalmente destruída!”, quando o que aconteceu foi apenas um pequeno problema. No entanto, a mente dela exagera-o de tal forma, que uma coisa insignificante pode destruir completamente para o resto do dia. Quando percebemos isto, devemos compreender que estamos perante um grande desequilíbrio, pois pequenas coisas não devem despedaçar ninguém por completo.
Compreendi que me posso ofender facilmente e por isso fiz um voto de que jamais me iria ofender. Tinha notado como era fácil fazê-lo por causa de pequenas coisas, quer fosse ou não intencional. Podemos ver como é fácil alimentar a dor, a mágoa, a ofensa, a tristeza ou a preocupação; é como se algo existisse em nós que está sempre a querer ser simpático, mas que sempre se sente um pouco ofendido com isto ou um pouco magoado com aquilo.
Com reflexão, pode-se ver que o mundo é assim; é um lugar sensível. Nem sempre vos vai confortar e fazer-vos sentir felizes, seguros e positivos. A vida está repleta de coisas que podem ofender, magoar, ferir ou despedaçar. Isto é a vida. Ela é assim. Se alguém falar num tom de voz mais exaltado, claro que o vão sentir, mas depois a mente pode continuar a repetir e ficar ofendida: “Magoou-me mesmo quando ela disse aquilo; sabes, não foi um tom de voz muito agradável. Senti-me muito magoado. Nunca fiz nada para a magoar”. A mente continua a repetir-se desta forma, não é? Fica-se despedaçado, magoado ou ofendido! Mas então, se contemplarem, percebem que é somente sensibilidade.
Quando contemplam desta forma, não quer dizer que estejam a querer não sentir. Quando alguém nos fala num tom de voz desagradável não é que não o sintamos. Não estamos a querer ser insensíveis, mas antes a tentar não o interpretar de forma errada, a não o tomar de forma pessoal.
  (... continua) 


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