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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior) Em vez de observar, testemunhar e compreender as coisas como elas são, temos a tendência de nos apegarmos e identificarmos. Quando simplesmente reconhecemos que existe esta sensação de confusão, que existe este egoísmo ou raiva, então surge uma reflexão honesta sobre a forma como as coisas são, pois removemos todas as ideias preconcebidas ou pelo menos não as valorizamos.
Assim sendo, não nos devemos apegar a estas coisas como se fossem falhas pessoais, mas continuar a contemplá-las como sendo impermanentes, insatisfatórias e impessoais. Continuar a reflectir, observando-as como realmente são. A tendência é sempre para ver a vida a partir da perspectiva de que estes são os meus problemas, e de que estou a ser muito honesto e dinâmico em admitir tal coisa. E a nossa vida tende a reafirmar isso mesmo, pois continuamos a operar a partir dessa ideia errada. Mas mesmo esse ponto de vista é impermanente, insatisfatório e “não eu”.
“O sofrimento existe” é um reconhecimento claro e preciso de que neste momento existe uma certa sensação de descontentamento, que pode ir desde a angústia e desespero a uma suave irritação; dukkha não significa necessariamente sofrimento severo. Não temos de ser brutalizados pela vida; não temos necessariamente de ter vindo de Auschwitz ou Belsen para podermos dizer que o sofrimento existe. Até a Rainha Elisabete pode dizer, “O sofrimento existe”. Estou certo de que ela tem momentos de grande angústia e desespero ou, pelo menos, de irritação.
O mundo dos sentidos é uma experiência sensível. Significa que se está sempre a ser exposto ao prazer, à dor e à dualidade do samsāra. É como estar em algo que é muito vulnerável, sentindo tudo aquilo que possa entrar em contacto com estes corpos e os seus sentidos. É assim, esse é o resultado do nascimento.

Negação do sofrimento

O sofrimento é algo de que normalmente não queremos saber, tudo o que queremos é ver-nos livres dele. Assim que surge algo inconveniente ou desagradável, a tendência do ser não iluminado é querer ver-se livre ou suprimir. Podemos observar como a sociedade moderna se encontra tão embrenhada em procurar prazeres e delícias naquilo que é novo, excitante e romântico. Temos tendência a colocar ênfase na beleza e prazeres da juventude, enquanto que o lado feio da vida, a velhice, doença, morte, aborrecimento, desespero e depressão são colocados de parte. Quando nos deparamos com algo de que não gostamos, tentamos ver-nos livres disso na procura de algo de que gostamos. Se nos sentimos aborrecidos vamos logo fazer algo interessante, se sentimos medo tentamos encontrar segurança. Isto é perfeitamente normal. Estamos associados com o princípio de prazer/dor de atracção/repulsão. Assim, se a mente não está atenta e receptiva torna-se selectiva, seleccionando aquilo de que gosta e tentando suprimir aquilo de não gosta. Grande parte da nossa vivência tem de ser suprimida, porque muito daquilo com que estamos inevitavelmente envolvidos é de certa forma desagradável.
Se surge algo desagradável, dizemos “Foge!”, se alguém se atravessa no nosso caminho, dizemos “Mata-o!”. Os nossos governos tendem frequentemente para fazer isto... Se pensarmos no tipo de pessoas que governam os nossos países é preocupante não é? Elas ainda são bastante ignorantes, não iluminados. Mas é assim que se passa, a mente ignorante pensa em exterminação: “Olha um mosquito, mata-o!”, “Estas formigas estão a apoderar-se da cozinha; dá-lhes com o insecticida!”. Na Inglaterra temos uma companhia chamada “Rent-o-kill”. Não sei se é um tipo de máfia britânica ou não, mas especializa-se em eliminar pestes – seja qual for a forma que queiram interpretar a palavra “pestes”.

Moralidade e compaixão

É por esse motivo que temos de ter leis como, “Eu abstenho-me de matar intencionalmente”, porque o nosso instinto natural é o de matar: se está no caminho, mata-se. Podemos observar isso no reino animal.
  (... continua) 


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