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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior) Somos criaturas bastante predadoras; pensamos que somos civilizados, mas literalmente temos uma história bastante sangrenta. É preenchida por inúmeras chacinas e justificações para todo o tipo de injustiças para com os outros seres humanos, já para não falar nos animais e, tudo isto, devido a esta ignorância básica, esta mente humana que sem reflectir nos diz para aniquilar o que está no nosso caminho.
No entanto, ao usar a reflexão, estamos a mudar esta situação; estamos a transcender esse padrão animal, básico e instintivo. Não somos apenas marionetas cumpridoras das leis da sociedade, com medo de matar por termos medo de ser punidos. Agora estamos realmente a começar a ser responsáveis. Respeitamos a vida das outras criaturas, até mesmo a vida dos insectos e das criaturas de que não gostamos. Jamais alguém irá gostar de mosquitos ou formigas, mas podemos reflectir sobre o direito que eles têm de viver. Isto é uma reflexão da mente e não somente uma reacção: “Onde está o insecticida?”. Eu também não gosto de ver formigas no meu chão; a minha reacção inicial é, “onde está o insecticida?”. Mas então, a mente reflectiva, mostra-me, que ainda que estas criaturas me estejam a irritar e eu preferisse que elas desaparecessem, elas têm o direito de existir. Esta é uma reflexão da mente humana.
O mesmo pode ser aplicado a estados mentais desagradáveis. Assim, se de cada vez que se sentir raiva, em vez de se dizer “Ora lá estou eu zangado outra vez!”, devemos reflectir “Existe raiva”. Tal como com o medo - se o vermos como o medo que tenho da minha mãe (§) ou o medo do meu pai ou o medo do cão ou o meu medo, aí tudo se transforma numa teia de diferentes criaturas relacionadas de algumas maneiras e não relacionadas de outras; tornando-se difícil haver qualquer tipo de verdadeiro entendimento. E, no entanto, o medo deste ser e o medo daquele cão vadio é exactamente o mesmo. “Existe medo”, é apenas isso. O medo que eu já senti não é em nada diferente do medo dos outros e é assim que temos compaixão até para com velhos cães vadios. Compreendemos que o medo é tão horrível para os cães vadios como para nós. Quando um cão leva um pontapé de uma bota pesada e vocês levarem um pontapé de uma bota pesada, aquela sensação de dor é a mesma. Dor é somente dor, frio é somente frio, raiva é somente raiva. Não é minha, mas sim “existe dor”. Esta é uma forma inteligente de pensar, que nos ajuda a ver as coisas de forma mais clara, em vez de reforçar a ideia da personalidade. Resultando do reconhecimento do estado de sofrimento, que o sofrimento existe, surge então, a segunda revelação desta Primeira Nobre Verdade: “Deve ser compreendido”. Este sofrimento deve ser investigado.

Investigação do sofrimento

Encorajo-vos a tentar compreender dukkha, o sofrimento, a observar honestamente e aceitá-lo com confiança. Tentem compreendê-lo quando estiverem a sentir dor física, desespero e angústia ou ódio e aversão, ou qualquer que seja a forma que tome, qualquer que seja a sua qualidade, quer ele seja extremo ou suave. Este ensinamento não significa que para serem iluminados tenham de ser miseráveis, deixar que vos tirem tudo ou serem torturados, significa, ser capaz de olhar para o sofrimento e compreendê-lo, nem que seja ainda com uma leve sensação de descontentamento.
É fácil encontrar um bode expiatório para os nossos problemas. “Se a minha mãe me tivesse realmente amado ou se todos aqueles à minha volta tivessem sido verdadeiramente sábios e totalmente dedicados a tentarem proporcionar-me um ambiente perfeito, então, eu não teria os problemas emocionais que tenho agora”. Isto é mesmo tolice! No entanto é desta forma que algumas pessoas vêm o mundo, pensando que estão confusos e miseráveis porque não receberam o que seria justo. Mas com esta fórmula da Primeira Nobre Verdade, ainda que tenhamos tido uma vida muito miserável, aquilo que estamos a observar não é o sofrimento que vem de fora, mas aquilo que criamos nas nossas mentes à volta do mesmo. Isto é um despertar na pessoa, um despertar para a verdade do sofrimento.
  (... continua) 


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