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Mosteiro Budista
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O Ensinamento do Buddha

de Edmond Székeley

em 31 Jan 2009

  (...anterior) Assim o Buddha (§) na sua grande caminhada reflecte acerca da razão do sofrimento. Todos os seus pensamentos se viram para a matriz do sofrimento universal, e ele mostra-nos o caminho que nos liberta desse sofrimento. Não me é possível dar detalhes do caminho que ele apresenta, mas posso simplesmente caracterizá-lo em poucas palavras. Uma vida simples, natural. Paz interior intensa, ensinando os ignorantes e sempre num gradual aperfeiçoamento da consciência humana. Nós temos meditações que são capazes de nos abrir para formas de consciência cada vez mais superiores, uma unidade maior com o eterno oceano incondicionado da vida cósmica, conduzindo à absorção de fontes cada vez mais elevadas de crescentes energias superiores e ao progressivo desaparecimento da ilusão a que chamamos de “eu”, da individualidade.

Há vários estágios neste caminho de auto-aperfeiçoamento. Quem já estabeleceu contacto com a eterna fonte cósmica de energias superiores da vida universal, denomina-se de “Arhat” ou “Arahat”. Quem pelas suas forças chega a este nível superior de consciência denomina-se de “Buddhi”. Distingue-se então entre “Buddhi” que encontra a verdade e segue a verdade, progredindo pelo caminho até ao Nirvana, que é a unidade com o eterno oceano da vida universal, e o outro “Buddhi” que encontra a verdade mas que, em vez de imediatamente seguir o caminho para o Nirvāṇa, regressa por entre os homens, para lhes passar a verdade e conduzi-los para fora do sofrimento.

Existe uma Lenda Budista muito bonita dos séculos mais recentes. ‘Gautama Buddha, o Iluminado, estava em meditação nos Himālayas (§). Muitos meses e anos se passaram e no entanto ele ainda permanecia no seu estado de meditação. Vieram ventos, vieram chuvas, os ventos sopraram terra sobre o seu corpo, pequenas sementes aí pousaram e erva começou a crescer. Veio um casal de andorinhas que construíram o ninho sobre o seu ombro. As andorinhas regressaram ao seu ninho todos os anos durante muito tempo, mas uma certa Primavera elas não regressaram. Então nos olhos do Buddha, o Perfeito, que estava à porta do Nirvāṇa para onde tinha sido convidado pelos Deuses, lágrimas apareceram, pois ele sentiu saudade das andorinhas. E o Buddha descobriu que ainda não estava pronto para entrar no Nirvāṇa; ainda havia sofrimento no seu coração e ele regressou por entre os homens para lhes ensinar o caminho.’ Esta lenda pitoresca ensina o ponto final do Budismo. O Budismo não é passividade, o Budismo não é pessimismo; o Budismo afirmou a existência do sofrimento, mas também mostrou o caminho que conduz à libertação do sofrimento. Mostrou como podemos obter progressivamente mais forças elevadas de consciência e como nos podemos libertar da ilusão da escravidão em que imaginamos estar separados da vida universal à nossa volta. O Budismo mostrou como nós podemos extinguir o fogo constante dos prazeres inferiores da via e como abrir perante nós, novas fontes inesgotáveis de constantes energias renovadas e criadas, que nos conduzem mais e mais progressivamente a entrar em perfeito contacto com o oceano cósmico da vida universal.

Podemos ver que existe um propósito então, um caminho no Budismo; nós possuímos o remédio para terminar o sofrimento; sabemos como efectuar a unidade com algo onde o sofrimento não existe; com o oceano universal da eterna vida cósmica. O Budismo mostrou como dissolver a nossa ilusória consciência individual na consciência universal da vida cósmica. Mas o Buddha diz que nem todas as pessoas estão prontas para imediatamente alcançar este propósito, e é aqui que entra a noção de reencarnação.

De forma a compreendermos o conceito de reencarnação do Buddha, é necessário conhecer a noção que o Buddha chamava de “Viñana”, que podemos exprimir pela palavra “pensamento”. No entanto, o pensamento na perspectiva do Buddha, não é só simplesmente uma função fisiológica, mas uma forma de energia como a luz, a electricidade ou o éter; é um elemento.
  (... continua) 
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