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O Ensinamento do Buddha

de Edmond Székeley

em 31 Jan 2009

  (...anterior) Cada novo pensamento que temos é sempre imediatamente retribuído ou sancionado no momento da sua criação segundo a qualidade desse pensamento. Pensamentos superiores libertam na nossa consciência forças superiores de energia, enquanto, que pensamentos inferiores abrem a porta para forças inferiores de correntes de pensamento. Portanto, o cerne da concepção do Buddha (§) centra-se nos pensamentos, assim como Jesus proíbe não só os maus actos como também os maus pensamentos. Pois que os pensamentos criam subsequentemente acções segundo os vários processos psicológicos da consciência. Então o Buddha, como Jesus, proibiu os maus pensamentos, desarmoniosos, pois que se tivermos harmonia nos nossos pensamentos, então por conseguinte teremos também harmonia nas nossas acções. As leis psicológicas fundamentais do Buddha e de Jesus são verdades psicológicas profundas, uma vez que todos os pensamentos inferiores criam uma secreção glandular inferior nos nossos organismos, que gradativamente paralisa a nossa vitalidade. Quando pelo contrário, as correntes harmoniosas de pensamento geram em nós uma actividade glandular perfeita e dirigem todo o nosso organismo.

Ou seja, a moralidade do Buddha e dos Evangelhos está baseada em forças fisiológicas, nas leis naturais. Existe sem dúvida, um tribunal superior universal que imediatamente retribui ou sanciona os nossos pensamentos no momento da sua criação. Nós podemos talvez evitar as sanções da lei social, mas nunca jamais evitar a sanção deste tribunal superior universal. A noção de Nirvāṇa e de reencarnação do Buddha não é uma pálida definição oficial, mas sim vida intensa. Existe intercâmbio entre as várias formas de energia incondicionada e as energias da vida e da existência individual. O homem é um receptor destas várias formas de energia que constantemente mudam a todo o momento da existência, e o indivíduo muda com elas.

Então o Buddha afirma que a individualidade é ilusão, pois que na verdade não existe. Existem formas de energia em constante mudança que atravessam as várias consciências individuais que aparecem e desaparecem na esfera gravítica do nosso planeta. Esta esfera gravítica actua como um grande filtro; todas as correntes inferiores de pensamento são mantidas a circular na esfera gravítica do nosso planeta, enquanto que todas as correntes superiores de pensamento são permitidas entrar no eterno oceano cósmico da vida e da consciência universais.

Assim é a breve descrição que posso partilhar sobre a perspectiva do Buddha, que é sempre mal interpretada no Ocidente. Na sua última carta, Csoma de Körös escreveu: “Temo que os verdadeiros ensinamentos do Buddha não serão compreendidos na Europa; aqueles que os compreendem hão-de vivê-los e não escreverão sobre eles. Pois que a verdade do Buddha é a vida e só a vivência intensa que ninguém é capaz de exprimir na escrita. Por outro lado, aqueles que escrevem sobre o Budismo não viveram o Budismo e não o compreenderão.” Fazendo uma análise ao que se viu produzido no último século, os seus medos estavam bem fundados.
Temos milhares de livros sobre o Budismo, e os cientistas e pseudo-cientistas, cada um interpreta o Budismo de forma diferente. Mas estas interpretações são pálidas sombras do original – meras especulações metafísicas e classificações de ideias. Pois que o Budismo não é um sistema filosófico; o Budismo é vida. O Buddha nada escreveu, assim como Jesus nada escreveu. Ambos viveram a vida completa; ambos alcançaram a harmonia neles próprios e em seu redor e nada escreveram. Porque não? Porque o escrever significa a negação de toda a verdade, pois que a verdade não pode ser inserida nos versos das Escrituras.
  (... continua) 
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