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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

  (...anterior) São os sons, as articulações com corruptelas ou evoluções propositadas, bem como os vários sentidos e interpretações próprias de cada região, povoação ou mesmo família que a tornam rica e lhe dão vida.
Deste modo temo que possa ser mais fácil a sua descaracterização se ela passar a ser escrita e futuramente ensinado às novas gerações por uma só Regra. As perguntas que se levantam são: quem serão os “Guardiões dessa Regra”? Que critérios passarão pela modificação futura dessa regra? Como irão adequar uma Regra comum nas várias regiões de língua portuguesa – nas quatro paradas do mundo – que por um lado mantenham os “arcanos etimológicos” indispensáveis à manutenção da cultura que lhe deu origem e por outro adaptar essa mesma Regra às necessidades de um mundo em constante mutação? Estas são as questões que importam reflectir, muito mais importantes que as lutas territoriais das editoras por mais legítimas que sejam. Para mim, uma solução passaria pelo desdobramento do português numa versão simplificada de trabalho (mais fácil de ser aprendida por todos os estrangeiros a ela mesma), comum a todos os países de língua portuguesa e que poderia ser o Português Unificado ou Internacional, e ao mesmo tempo manter em cada país da lusofonia a sua forma própria de escrever ligado às idiossincrasias de cada um e que seria a versão literária ou intelectual do português.
Deve ser dada a cada povo que faz uso do português como língua materna, a liberdade de o escrever e de o falar modulando-o à sua cultura, à sua forma de pensar e às suas necessidades locais. A unificação monocromática total deveria ser contrariada, porque a protecção não é feita num qualquer organismo por mais competente que seja na CPLP mas pelo mais humilde daqueles que a usam desde o berço e que junto com os seus semelhantes, a amplificam e lhe dão a voz de todo um povo. Vem-me à ideia o exemplo do povo de Moçambique que tendo aderido à Commonwealth se tornou num dos melhores defensores da língua portuguesa do que qualquer organismo centralizado para esse efeito no interior da CPLP, em especial numa conjuntura geográfica do “Corno de África” adversa onde o Inglês impera como língua oficial de vários países vizinhos. Como ele lembro-me igualmente de Timor Lorosae. Apoio a criação do Português Unificado escrito para fins pragmáticos e instrumentais ao nível da diplomacia e dos negócios, que possa ser mais facilmente aprendido por nacionais de outros países, mas ao mesmo tempo permitir a escrita de outras versões particulares e regionais do português, algo que aliás irá continuar a existir, independentemente de todas as regras, em especial fora das áreas urbanas.
No domínio dos conteúdos, realço o aspecto da educação e formação – sendo a primeira de base e a segunda contínua ao longo da vida do indivíduo. Os conteúdos que nos chegam pelos variadíssimos meios de telecomunicações e sistemas de informação, serão formalmente num futuro próximo a educação e a formação per si. Caberá às instituições de ensino produzir esses conteúdos e reconhecer as competências dos indivíduos, que os posicionarão no lugar correspondente da pirâmide social. Longe estamos do tempo em que as Universidades eram instituições fechadas, de clausura (i.e. claustro – cloister – close) desde os Templos Egípcios, as Escolas dos Gregos, os mosteiros medievais, onde um reduzido número de eleitos eram iniciados do ponto de vista técnico e comportamental, sendo graduados consoante as suas capacidades para se tornarem condutores das sociedades de então. A democratização e a massificação do ensino, vocacionado para as funções operativas, não acabou é certo, tal como o paradigma ancestral do ensino da excelência, que advém da tradição. O nome da Instituição associada ao preço da propina e ao processo cirúrgico de admissão, mais baseado na entrevista comportamental do que em exames técnicos, tem e fará toda a diferença.
  (... continua) 


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