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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

  (...anterior) O que importa aqui e independentemente da via religiosa ou espiritual de cada um é a forma como o Sagrado nos transporta ao domínio do inefável de algo concentrador e elevador das consciências. Deste modo o Sagrado é ainda agregador a tal ponto porque promove a recriação das condições necessárias à elevação das consciências individuais através da repetição ritualizada de práticas ancestrais ancoradas pelos símbolos da tradição. O enfoque na cultura e nas tradições regionais como as festas religiosas populares tornam-se essenciais à restauração desse “plano Sagrado”, muito próximo daquilo que em tempos se conheceu como Religião Natural. A Natureza é por definição a nossa melhor professora e a analogia a melhor das ferramentas de observação dos fenómenos, que ao nível social se permite entender a partir das festas populares simbólicas.
Na segunda, a educação não para a igualdade castradora, taylorista, mas para a natural separação de indivíduos por capacidades e potencialidades, de tal forma que os que se encontram à frente se tornem nos ideais a projectar nos que estão mais a trás, os líderes naturais pelo abnegável exemplo, pelos princípios e em suma pelo valor e não pela falsa imagem que leva os indivíduos das classes inferiores a questionarem os das classes mais privilegiadas. Temos que colocar líderes naturais equilibrados pela Lei Natural e pela mais valia técnica e humana, a fim de servirem de força de tracção a toda a sociedade pelo seu trabalho operativo e pelo seu exemplo como seres humanos. A democracia tem que se ver alicerçada na meritocracia, para que continue a ter existência prática. Tem que se cultuar a transparência social, o conceito de verdade e dos princípios nos indivíduos que têm a seu cargo o “sacerdócio” da condução dos outros. Num contexto de meritocracia e de transparência, os melhores indivíduos em cada uma das suas áreas de afectação e de especialização deverão servir de “benchmarking” natural para aqueles que os vão suceder. Para além do exemplo deverá deixar-se sempre espaço à criatividade e à mudança que cada ciclo geracional é obrigado a promover a fim da sociedade poder evoluir e melhor se adaptar aos tempos. Neste ponto deverá existir o bom equilíbrio entre a necessária transmissão do conhecimento que os melhores indivíduos em cada área irão transmitir e que os ligará numa longa cadeia ao início daquelas actividades e a criatividade daqueles que os irão substituir, a fim de não haver corte do conhecimento passado nem resistência à mudança, quando ela é a única certeza neste plano.
Na terceira, perceber e mostrar que o povo Português é naturalmente igual ou mesmo superior aos outros povos em muitas áreas e se não se consegue avançar pelo caminho que os outros o querem dirigir e confinar é porque ele não nasceu para o fazer, como já referi. Como diz Teixeira de Pascoaes, quando se obriga o povo português a seguir uma determinada metodologia estrangeira aos nossos valores e incoerente com um esquema mental muito peculiar, impede-o de fazer melhor do que ninguém aquilo para o qual nasceu obrigando-o à mediocridade naquilo que os outros se tornaram exímios. O português deverá conhecer o seu caminho e segui-lo sem complexos de nenhum tipo. Ele nasceu para criar os seus próprios caminhos para lá do impossível, tornando-se no vanguardista, no descobridor, no navegador que dá novos mundos ao mundo! Devemos deixar de nos queixarmos de nós próprios, de dizermos mal de tudo sem olharmos seriamente para as coisas tentando perceber as inúmeras soluções que a nossa criatividade pode materializar. As novas gerações terão que quebrar com o espírito redutor, medíocre que criamos depois da nossa queda como motor civilizacional, chancelado pelos cerca de 400 anos de ditadura e opressão castradora em que fomos mergulhados até ao século passado. Está na altura de erguermos a cabeça e percebermos que não somos um povo decadente e fraco mas um dos povos líderes que permitiu a construção de um mundo à escala global que aboliu a escravatura e a pena de morte.
  (... continua) 


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