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Textos Sagrados são os registos que evocam o divino. Neste espaço eles irão testemunhar a reverência espiritual da humanidade, porque asseguraram e continuarão a assegurar, a herança que dirige o rumo da contínua evolução dos seres. A Sabedoria perene e a força espiritual irradiam através dos tempos, sob a égide de Escrituras Sagradas.


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Sri Ram Gītā

de Samar Singh

em 17 Set 2009

  A palavra Gītā é muito indiana em origem e conteúdo; ela significa o conhecimento que é divino. A manifestação mais popular e bem conhecida é a Bhagavad Gītā, que adquiriu uma posição única na literatura espiritual do mundo como aquela que oferece a filosofia mais abrangente que transcende o tempo e o espaço.

Não é de admirar que Edwin Arnold a chamou “A Canção Celestial” e o professor Aldous Huxley a descreveu como “A Filosofia Perene”. No seu comentário magistral sobre o trabalho, o antigo Presidente da Índia o Dr. Radhakrishnan, afirmou que a Bhagavad Gītā (§) “é tanto metafísica como ética, brahmavidyā e yogas (§)āstra, a ciência da realidade e a arte da união com a realidade”.

Na essência, a Bhagavad Gītā contém os princípios básicos de todo o conhecimento e ensino Védico. Além disso, ela é a enunciação mais profunda do Yoga-sāstra, inclusive uma compreensão de várias fases do desenvolvimento da alma humana e elevação no Divino e as três diferentes, mas não conflituosas, disciplinas ou caminhos do objectivo supracitado – Jñāna-Yoga ou o caminho do conhecimento, Bhakti-yoga ou o caminho da devoção e o Karma-yoga ou o caminho da acção. O ensino central é para a obtenção da beatitude final da vida: perfeição e liberdade, para ser realizado fazendo os deveres prescritos por aquele que na vida, executa acção sem ligação.

Não há nenhuma certeza sobre o tempo exacto quando este trabalho assombroso foi compilado, embora seja crença geral de que se situa pelo século V a.C., que significa há aproximadamente 2.500 anos. A autoria é atribuída a Veda Vyāsa, o compilador lendário do Mahābhārata épico indiano famoso. No estilo mais fascinantes, a Bhagavad Gītā apresenta-se como um diálogo entre Sri Kṛṣṇa e Arjuna e é a parte do Bhishma Parva no Mahābhārata. Compreende dezoito discursos ou capítulos que têm um total de 701 versos em Sânscrito clássico.

A maior parte desta obra é conhecida dentro e fora da Índia, e o termo mais curto, Gītā veio para designar a Gītā clássica. Contudo é notável, que há outro clássico chamado o Ram Gītā, que permaneceu de alguma maneira oculto até agora e merece ser conhecido. Este trabalho é atribuído a outra figura lendária, Maharṣi Vasiṣṭha, que se encontra mencionado no Rāmāyana, outra epopeia indiana famosa, como o Rajguru dos soberanos de Ayodhyā e neste caso de Sri Rāma. Como se supõe que este período seja muito antes do tempo do Mahābhārata, parece que a Ram Gītā foi compilada antes da Bhagavad Gītā. Aqui, é pertinente mencionar que descrevendo as suas formas cósmicas múltiplas no Capítulo X da Bhagavad Gītā, Sri Kṛṣṇa diz: “guerreiros de… sou Rāma”.

Como a Bhagavad Gītā no Mahābhārata, a Ram Gītā faz parte de um trabalho volumoso de Sânscrito chamado o Tattva-sarayan compilado por Maharṣi Vasiṣṭha. Enquanto a Bhagavad Gītā contém o diálogo entre Sri Kṛṣṇa e Arjuna, a Ram Gītā também é em forma de um diálogo, mas entre Sri Rāma e Hanuman. Em substância, estilo e forma, há semelhanças entre estes dois trabalhos. O conteúdo filosófico e a mensagem são em ambos substancialmente o mesmo, e a Ram Gītā também tem dezoito discursos ou capítulos. Mas, a Ram Gītā é muito mais longa, tem um total de 1001 versos em Sânscrito.

Outra diferença notável está no facto, de que ao passo que o local da Bhagavad Gītā é o campo de batalha de Kurukshetra no contexto da hesitação e do desânimo de Arjuna, na Ram Gītā não há nenhum urgência e tensão de fundo, cuja narração resulta do pedido devoto de Hanuman a Sri Rāma para esclarecê-lo quanto a brahma-vidyā. De uma forma interessante, no fim dos discursos contidos na Ram Gītā, Sri Rāma, ele mesmo, descreve tudo isso como “mahashāstra”, - conter a essência de todo o Veda e Upaniṣads (§) - e Hanuman agradecidamente reconhece aquele de todos as guitás que ele tinha ouvido, o Ram Gītā é claramente supremo, é como amṛta (néctar).
  (... continua) 
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