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História da Tradição da Floresta

de Bhikkhu Dhammiko

em 03 Jan 2011

  (...anterior) Ajahn Chah” Cem anos mais tarde, dá-se a reunião do Segundo Conselho, novamente para verificar todo o ensinamento e com o intuito de criar um consenso geral em relação ao código e à doutrina. Foi então que se deu o grande cisma e a divisão entre os dois “veículos”. A maior parte do grupo quis a modificação de certas regras e veio a dar origem ao Mahāyāna – Grande Veículo, conhecido como Budismo do Norte, que se propagou principalmente para o Tibete (ramo Vajrayāna), China, Coreia e Japão (§). A minoria mais cautelosa do grupo em relação às modificações propostas, preferiu permanecer fiel à simplicidade estrita dos ensinamentos e não extrapolar o Dhamma tal como tinha sido legado pelo Buddha (§) a seus Discípulos originais. Foi a partir deste grupo minoritário de Theras (em linguagem Pāli - Anciões), que 130 anos depois deste “Concílio”, surgiu a escola Theravada (Hīnayāna – termo adoptado pelos Mahāyāna para discriminar Pequeno Veículo) caracterizado por ser o mais conservador, também conhecido como Budismo do Sul e que se propagou para o Sul e Sudeste, inicialmente Índia e depois, Sri Lanka, Birmânia, Tailândia, Laos, Vietname, Malásia e Indonésia.

Por volta de 250 a.C., durante o reinado do Imperador Aśoka (§) (273-236), havia já várias linhas e escolas divergentes em todo o Sub-Continente Indiano. Foi então que se reuniu o terceiro Conselho Budista presidido pelo Venerável Moggaliputta Tissa Maha Thera, sob o patrocínio fundamental do Grande Imperador e onde foram decididas várias missões, enviadas tanto para dentro como para fora da Índia.
Um grupo em que se encontrava o filho do Imperador Aśoka, Arahant Mahinda, juntamente com outros quatro, dirigiu-se para o Sri Lanka, o que será mais tarde o Ceilão português. Aí transmitiram os ensinamentos do Buddha ao Rei Devanampiyatissa (247-207 a.C.) que, impressionado, logo aceitou o Budismo. Assim se estabeleceu pela primeira vez o Budismo na ilha do Ceilão.
No seguimento do conturbado período político do século I a.C. - em que uma fermentação de movimentos do revivalismo Brahmânico Hindu, com influências de Este e Oeste, se levantou no Sub-Continente Indiano - gerou-se um clima de pressão aumentando o risco de se perder a linha mestra do ensinamento básico e prático do Buddha, devido também em parte à divergente diluição da tradição nas várias frentes de pensamento e religião então na forja. Foi neste período que muitos daqueles que eram mais fiéis ao ensinamento prático original do Buddha, se retiraram para a ilha do Sri Lanka.

Foi então no reinado do Rei Dutugemunu (101-77 a.C.), época aclamada como a era de Ouro do Budismo Theravada no Sri Lanka, que este “Veículo” particular se foi estabelecendo e consolidando, com o mínimo de modificações. A Tradição do ensinamento foi-se transmitindo por via oral e mnemónica na linguagem Pāli, não como necessidade de se desenvolver para enfrentar crenças hostis, mas conservando a linha distinta entre o ensinamento formal básico e os comentários posteriormente adicionados.
Vem então o Quarto Conselho segundo a Tradição Theravada, tendo lugar perto de Matale, Sri Lanka, durante o reinado do Rei Vattha Gamini Abhaya (29-17 a.C.). Foi aí que finalmente e pela primeira vez, 500 monges presididos pelo Venerável Rakkhita efectuaram a transcrição de todo o Cânone Pāli (Tipitaka) e Comentários (Atthakatha) para a escritura. Este foi o momento crucial e o local em que se fundaram as inabaláveis raízes do Cânone Pāli, sem o qual a Tradição Theravada de hoje não teria sobrevivido como conseguiu através de guerras, perseguições e outros contratempos.

Ainda recuando no tempo, houve outros grupos missionários que, inicialmente sob a égide do Imperador Aśoka, se dispersaram por outros países do Sudeste Asiático, a partir da Índia e do Sri Lanka, como Birmânia e mais tarde, Tailândia, Camboja e Laos.
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