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Jesus na tradição Sufi

de Faouzi Skali

em 12 Nov 2010

  (...anterior) Enquanto não pegares na candeia não podes viajar; e depois de chegares ao fim da viagem, é a Realidade suprema” – Rûmi.
“ Na perspectiva islâmica há afinidades particulares entre Maomé (§) e Jesus. É assim que o Profeta Maomé declara: “Os Profetas são irmãos pela sua origem: nasceram de mães (§) diferentes, mas a sua religião é a mesma. Mais do que qualquer outro, reclamo-me de Jesus, filho de Maria, pois entre nós dois não há mais nenhum Profeta.” Para os muçulmanos, o profeta Maomé não é mais que o Paracleto anunciado por Jesus no Evangelho de João: “Se me amais, dedicar-vos-eis a observar os meus mandamentos, eu rezarei ao Pai: ele dar-vos-á um outro Paracleto que ficará convosco para sempre”( JoãoXIV,15-16).
Esta passagem do Evangelho pode aproximar-se do versículo seguinte do Alcorão: “Jesus, filho de Maria, disse: ”Ó filhos de Israel! Eu sou verdadeiramente o Profeta de Deus enviado para junto de vós para confirmar a Tora anterior a mim e para vos anunciar a boa-nova de um Profeta que virá depois de mim e que terá o nome de Ahmad”. (Alcorão LXI, 6). A palavra árabe Ahmad tem a mesma raiz da palavra Muhammad e tem um significado muito próximo: “o louvado”. Ora, a palavra grega pericletos – que traduzimos para “Paracleto” – significa precisamente “aquele que é digno de louvores”. De resto, o evangelista João precisa mais adiante que este enviado que há-de vir, não falará de si mesmo, mas irá repetir o que ouvir. “Quando chegar o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à Verdade toda. Pois não falará de si mesmo, mas dirá o que ouvir e comunicar-vos-á tudo o que está para vir. Glorificar-me-á pois receberá do que é meu e vo-lo comunicará” (João XVI, 13-14). Isto faz evidentemente pensar no processo da Revelação corânica, durante a qual Maomé ”recebia” os versículos e os comunicava fielmente.

Entre as teorias e comparações, muito interessante será também verificar passagens do Alcorão que para nós de cultura judaico-cristã serão muito pouco conhecidas, e assim vermos as inúmeras semelhanças como:
“Os anjos (§) disseram a Maria: “Ó Maria! Deus escolheu-te e tornou-te isenta de toda a nódoa, elegeu-te entre todas as mulheres do universo. Ó Maria! Sê piedosa perante o teu Senhor, prostra-te e inclina-te perante Ele, juntamente com aqueles que se inclinam” (Alcorão III, 42-43). Ou: “Deus ensinar-lhe-á o Livro, a Sabedoria, a Tora e o Evangelho e ei-lo Profeta enviado aos filhos de Israel: “Vim até vós com um Sinal do vosso Senhor! Irei por vós criar da argila uma forma como que de um pássaro. Sopro-lhe e torna-se “pássaro”, como Consentimento de Deus. Curo o cego e o leproso, ressuscito os mortos, com o Consentimento de Deus. Informo-vos sobre o que comeis e sobre o que escondeis na vossa casa. Há verdadeiramente nisso um Sinal para vós se fordes crentes!” (Alcorão III, 48-49).

“Jesus na tradição sufi” parece-nos enfim uma obra importante embora muito simples para quem queira aprofundar conhecimentos sobre o paralelismo das religiões. Está editada em Português a partir da versão Francesa por João Tinoco, numa 1ª edição Hamsa, datada de Outubro de 2009.
   
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