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Sistemas, tem a finalidade de contribuir para a divulgação das linhas de pensamento dentro das várias Religiões e Filosofias de todo o mundo, na compreensão de que todas partilham afinal uma linguagem comum.

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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner

de Zelinda Mendonça

em 14 Jan 2011

  Este trabalho surgiu como necessidade de resposta a uma interrogação que no meu íntimo existia desde os tempos de menina e aluna de um colégio de freiras católicas, onde sempre ouvi dizer que Jesus Cristo era homem e era Deus. A única “explicação” é que era inexplicável, era um mistério. O pouco que fui conhecendo através das minhas leituras de busca, tendo como base nomeadamente relatos do início do cristianismo, da formação da Igreja, os dados facultados na História de Arte, que estudei e leccionei durante anos, o Novo Testamento, os escritos dos místicos, de Historiadores e/ou Arqueólogos, etc, deixavam-me sempre insatisfeita. Enquanto os místicos falavam das suas vivências profundas, os Historiadores e Arqueólogos limitavam-se a factos documentados que, como todos sabemos, são ínfimos.

Introdução

A excepção aconteceu com os escritos de R. Steiner (§) sobre Jesus Cristo onde ele propõe a sua leitura dos factos tendo como base a sua clarividência e a sua possibilidade de ler naquilo que Carl Yung chama de “memória colectiva da humanidade” também conhecida como “memória do Akasha.
Os estudos e as conclusões a que Steiner chega constituem, pela sua profundidade, inspiração e transcendência uma abordagem que ninguém ainda tinha conseguido atingir ou ir tão longe.
A obra de Steiner responde assim, numa primeira abordagem à inquietação e interrogações que me acompanham desde a infância e oferecem-me a matéria para num patamar mais elevado poder continuar a busca para uma sempre maior descoberta de um caminho fascinante.
Este trabalho que apresento é simplesmente uma tentativa de levar a quem se possa interessar por temas ou reflexões desta natureza, uma síntese das propostas de Steiner para o surgimento de uma entidade como Jesus Cristo.
Procurei ser o mais fiel possível às suas palavras. As palavras são de Steiner (edições brasileiras), o enquadramento das mesmas, os destaques e a articulação são da minha responsabilidade.

1 – Cristologia

A cristologia é uma ciência vasta e detalhada, destinada a fazer compreender Cristo e a sua vida na Terra.
Durante séculos os homens emprestaram as suas ideias mais elevadas e significativas a esta finalidade – conhecer Jesus Cristo, a personagem mais destacada e sublime que já habitou a Terra.Mas toda a ciência, e erudição, de que podemos lançar mão para a compreensão de Cristo pesa menos que os sentimentos e impulsos profundos que têm levado os homens a Cristo.
Quando surge o cristianismo, existem no sul da Europa, inúmeras pessoas de origem grega altamente desenvolvidas, algumas com grande formação espiritual radicada nas elevadas ideias de Platão e Aristóteles.
São personalidades fortes e educadas, de formação greco-romana que acrescentaram à subtileza grega o carácter agressivo e personalista do espírito romano.
É neste mundo que irrompe o impulso cristão. Os responsáveis por este impulso cristão parecem pessoas bastante incultas quando comparadas às numerosas personalidades greco-romanas.
Foram estas pessoas sem instrução que penetraram no mundo da mais madura intelectualidade.
São pessoas primitivas e simples, que difundem Cristo com relativa rapidez pelo sul da Europa. Nada tinham a oferecer além da sua vida interior e o amor a Cristo.

Os gnósticos elevaram-se às ideias mais excelsas sobre Cristo, porém o seu contributo na prática foi muito pouco. Se tivesse dependido deles certamente o cristianismo não se teria expandido pelo mundo.
Não foi uma intelectualidade culta a que veio do Oriente e que com relativa rapidez provocou o declínio da civilização greco-romana.
Se observarmos as pessoas de alto padrão intelectual, como Celso (grande inimigo do cristianismo), Marco Aurélio (o imperador filósofo) ou os neoplatónicos de alta cultura, veremos que pelas suas objecções ao cristianismo nenhuma delas compreendera o impulso dado por Cristo.
Há algo no cristianismo que lhe confere um carácter arrebatador.
Que força está por detrás dos chamados pais da Igreja ou até mesmo de Orígenes, já que neles podemos até notar uma certa inabilidade?
O cristianismo expande-se pelo mundo europeu entre povos que tinham concepções religiosas totalmente diferentes, assimilando o impulso de Cristo com todo o vigor, como se ele fosse realmente a sua verdadeira vida.
Os divulgadores do cristianismo são pessoas de alma relativamente simples, iam para o meio do povo e falavam de modo bastante rudimentar, utilizando as ideias mais corriqueiras e familiares, mas sabiam colocar as palavras de forma a conseguir atingir o mais íntimo daqueles que as escutavam.
  (... continua) 


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