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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 4ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 16 Mai 2011

  (...anterior) Estamos, pois, em presença de uma ressurreição do “Verbo” eterno, e esse “Verbo” é a vida para a qual Lázaro foi ressuscitado. Nessa altura vive nele o “Verbo”, o espírito, o que antes não acontecia.

Todo o nascimento implica uma doença, a doença da mãe (§). Porém essa doença não leva à morte, mas a uma nova vida. O que adoeceu em Lázaro foi a parte da qual nasceu o “homem novo”, aquele que foi permeado pelo “Verbo”.
Sem dúvida alguma, os acontecimentos de Betânia constituem uma ressurreição em sentido espiritual.
Lázaro penetrou o “Verbo Eterno”. No sentido dos mistérios, ele se tornou um iniciado. E o acontecimento que nos é relatado tem de ser um processo iniciático.
Tinha-se consumado uma iniciação, tal como toda a Antiguidade a conhecera. Jesus havia agido como um iniciador. Assim se havia concebido a união com o Divino.
Em Lázaro foi realizado por Jesus o grande milagre da transmutação da vida, de acordo com antiquíssimas tradições. Deste modo o cristianismo é vinculado aos mistérios.
Lázaro além de ser o primeiro iniciado cristão, foi ainda o único a ser iniciado pelo próprio Jesus Cristo.
Nas palavras “Lázaro, vem para fora!” pode-se reconhecer o chamado pelo qual os iniciadores sacerdotais do Egipto (§) chamavam de volta à vida normal os que se sujeitavam aos processos iniciáticos, destinados a ofuscar-lhes a visão do mundo transitório e convencê-los da existência do eterno.

Jesus porém tornara público o segredo dos mistérios! Os judeus não podiam deixar sem punição tal atitude assim como os gregos se vingavam daqueles que traíam os segredos dos mistérios. Isso é perfeitamente compreensível.
Mas o que importava a Jesus era preparar as pessoas para a compreensão do “Mistério do Gólgota”.

Antes somente os “videntes”, isto é os iniciados, podiam entender algo do tal processo iniciático; doravante, os segredos dos mundos superiores deviam tornar-se acessíveis também aos que “creram, apesar de não terem visto”.

O mistério do Gólgota fez com que se derramasse sobre a comunidade cristã o que antes se derramara sobre os iniciados nos templos de mistérios. O iniciado cristão pode tornar-se consciente do conteúdo do “Mistério do Gólgota”, enquanto que a simples fé faz o homem participar inconscientemente da corrente mística que partiu dos acontecimentos descritos no Novo Testamento e que, desde então, impregnou a vida espiritual da humanidade.

A evolução do cristianismo tem se dado de forma que, até agora, a grande maioria das pessoas não foi capaz de chegar à compreensão dos mistérios, dos factos crísticos, por um conhecimento clarividente próprio.
É preciso reconhecer que o cristianismo tem penetrado em inúmeros corações humanos e, até certo grau, também tem sido reconhecido na sua essência, sem que esses corações fossem capazes de perceber os mundos superiores para extrair do conhecimento a seu respeito uma visão clarividente do que, com o mistério de Gólgota e tudo referente a ele, realmente aconteceu para a evolução humana.

Teremos de fazer uma distinção entre, de um lado a inclinação das religiões e a busca do conhecimento sobre Cristo, por quem ainda nada sabe da pesquisa supra-sensível e de outro, o que só pode ser conhecido pela consciência clarividente ou o conhecimento de comunicações recebidas, pelos pesquisadores clarividentes a respeito dos mistérios do cristianismo.

Só no século XX haverá, de certa maneira, uma renovação do facto crístico, pelo início de um desenvolvimento superior das forças cognitivas humanas em geral.
No decorrer dos próximos três milénios isso proporcionará a um número crescente de pessoas uma visão imediata de Jesus Cristo mesmo sem possuírem uma preparação clarividente especial.
Até agora isso não tinha sido possível. Até agora havia apenas duas fontes de conhecimento dos mistérios cristãos:
1- Os Evangelhos e tudo o que emana dos seus conteúdos e da tradição relacionada com eles.
  (... continua) 


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