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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 4ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 16 Mai 2011

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Então surgiu a pergunta: o que acontece à alma quando o ser humano passa pela morte? Pensavam sobre a natureza dessa continuação, não pensavam na morte como um fim. Só com a aproximação do Mistério do Gólgota é que começaram a sentir que a morte tinha um significado e que a vida na Terra era algo que tinha fim.
Os seres humanos sobre a Terra chegaram a esse sentimento, pois era necessário para a evolução da humanidade, que a compreensão ou intelecto chegassem à Terra. E o intelecto depende de que sejamos passíveis de morrer.
Portanto o ser humano devia ser seduzido pela morte. Ele precisava tomar conhecimento da morte. As épocas anteriores nas quais o ser humano desconhecia a morte eram completamente não intelectuais. O homem conhecia as ideias por inspirações do mundo espiritual e não pensava sobre elas.
Não havia intelecto, mas este precisava existir.
Do ponto de vista físico podemos dizer que a morte pode penetrar porque o ser humano deposita sais, ou seja, substâncias minerais sólidas, substâncias mortas não apenas no corpo, mas também no seu cérebro. O cérebro tem a tendência constante para a morte.
Se o ser humano tivesse permanecido o mesmo que no passado, quando ele não conhecia realmente a morte, nunca teria sido capaz de desenvolver o intelecto, pois este só é possível num mundo em que a morte exerce influência. Esta é a forma em que a questão se apresenta quando vista a partir do aspecto humano.
Mas ela também pode ser contemplada do ponto de vista das Hierarquias Superiores e neste caso a questão apresenta-se assim: não era possível para as Hierarquias Superiores, formar a Terra de tal maneira que ela seja capaz de infundir as forças que levam os seres humanos ao intelecto. Para isso temos de confiar num ser totalmente diferente, que venha de outra direcção diferente da nossa – Arimã.
Arimã é um ser que não pertence às hierarquias, ele penetra a corrente desde outro ponto de partida. Devemos nos aliar ele. Se tolerarmos a actuação de Arimã na evolução da Terra, ele nos trará a morte, e com ela o intelecto. Arimã conhece a morte porque está unido à Terra e percorreu caminhos que o puseram em relação com a evolução terrestre. Ele é um iniciado, um conhecedor da morte e por esta razão é o senhor do intelecto.
Os deuses tiveram de recorrer a Arimã, a evolução não pode continuar sem Arimã. Mas admitindo Arimã perdemos o direito à Terra, e Arimã cujo único interesse consiste em permear a Terra com o intelecto, poderá reclamá-la para si.
Havia apenas uma única possibilidade, a de que os próprios deuses aprendessem sobre algo que eles não tinham acesso nas suas moradas divinas, inacessíveis a Arimã – ou seja os deuses teriam que aprender a conhecer a própria morte na Terra, através de um dos seus emissários – Cristo.
Assim o mistério do Gólgota significou para os deuses um enriquecimento do seu saber por meio do conhecimento da morte.
Se um deus não tivesse passado pela morte, a Terra inteira ter-se-ia tornado completamente intelectual, sem atingir jamais a evolução que os deuses haviam planeado para ela desde o início.
As pessoas precisavam de se defrontar com o sentimento de que através da morte, ou seja através do intelecto, entramos numa corrente de evolução que é bem diferente daquela da qual nos originamos.

Cristo ensinou os seus iniciados que vimos de um mundo no qual a morte não existe; ele aprendeu sobre a morte aqui na Terra e a venceu.
Se compreendermos a relação entre o mundo terrestre e o divino, será possível levar o intelecto de volta à espiritualidade.
Quem entende toda a evolução da humanidade sabe que os deuses venceram Arimã à medida que utilizaram as suas forças para o benefício da Terra, e que o seu poder foi controlado porque os próprios deuses aprenderam a conhecer a morte na entidade de Cristo.
De facto os deuses colocaram Arimã na evolução terrestre, mas ao fazer uso dele, o forçaram a descer até à evolução da Terra sem poder completar o seu domínio.
  (... continua) 


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