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Os Estoicos e os Jainas

de Maria

em 02 Abr 2023

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São estas filosofias ou religiões mais antigas baseadas e direccionadas para o auto-domínio, para a firmeza e para a coragem, frente às circunstâncias das quais não se pode fugir. Este é também um conceito muito enraizado nas tradições filosóficas e religiosas indianas, em que cada um deve conformar-se com a condição em que nasceu, tornando-se imprescindível a participação harmoniosa da vida no seu todo: quem semeia colherá.

Também para os Estóicos, o Destino ou a Providência dá a cada um a sua parte, o seu lote e o seu papel na harmonia do Todo. Não pertence aos actores (homens), mudar os papéis que lhes foram atribuídos, mas realizá-los o melhor possível.

Nesta base, todas as doutrinas têm os seus pontos de encontro, pois a essência provém da mesma Fonte e, embora sejam grandes os génios Gregos, é na Índia porém, que encontraremos maior quantidade de seres de elevada envergadura espiritual, os iluminados ou homens de grande perfeição, que aprofundaram com exaustão as razões do sofrimento e libertaram-se das ilusões do mundo. É sabido que alguns sábios ocidentais e orientais viveram na mesma época, embora, a mentalidade ou evolução espiritual indiana tivesse um grande avanço; tanto que a Índia é considerada como a civilização Mãe (§) deste planeta.
Na sua globalidade o pensamento religioso e espiritual da Índia estava já impregnado no povo. Faz parte da sua educação em todos os tempos, enquanto na Grécia era apenas apanágio de alguns.

Mahāvīra (§), reformador do Jainismo morreu 526 anos a.C., Buddha (§) foi sensivelmente da mesma época. Platão morreu em 347 a.C.; Zen (§)ão de Cítio viveu 300 anos a.C.
Por exemplo, há diferenças notáveis na definição e clareza no ensinamento do Buddha em comparação com o de Pitágoras (§). Buddha é mais profundo, objectivo e esclarecedor quanto às razões que causam o sofrimento e como sair dele e, através da prática da meditação, conhecer os mecanismos da mente. Seu ensinamento é aberto a todos os homens, sem rodeios ou misteriosas iniciações nem separações etárias ou religiosas. O ensinamento de Pitágoras foi para uma elite e estava oculto às massas.

Buddha pôde falar a multidões, Pitágoras ficou reduzido a poucos discípulos e hoje seu ensinamento é algo longínquo e pouco definido, embora tenha sido a base para futuros desenvolvimentos filosóficos e doutrinais, enquanto o do Buddha mantém-se vivo, após milhares de anos e difundiu-se universalmente.

Não obstante, Pitágoras foi um grande iniciado, introduziu-nos na ciência dos números e na metáfora dos símbolos, numa abordagem metafísica que veio a constituir um grande impulso para a evolução humana, embora e como todos os grandes seres, não tenha sido compreendido pelo povo, sendo até perseguido.
Também o Jainismo, tal como o Budismo, nos dão uma explicação científica dos agregados de matéria que visa a compreensão da impermanência da vida, quer dos corpos físicos, quer dos celestiais (os astros), quer do próprio pensamento, sempre mutável, onde nada é estável ou permanente. Propõem que cada um deve procurar por si esta verdade e alcançar um estado de paz, pela superação do sofrimento que a instabilidade da vida acarreta.

Quanto aos Estóicos indicavam o caminho para a perfeição, mas eram os primeiros a reconhecer, que o Homem perfeito ou o verdadeiro sábio, não existia e nem em Sócrates ou em Platão, reconheciam o Sábio. Para o Estóico, ser sábio, é ser livre, mas sobretudo na liberdade interior e, não há nenhuma escala de graus na perfeição ou no mal ou qualquer método valorativo, para julgar a perfeição dos outros. O que denuncia um sábio ou iluminado é, sobretudo, a postura e atitude frente à vida, ao sofrimento e à felicidade, mas fundamentalmente o seu conhecimento de Deus. Muitos se aproximaram, contudo, sem tê-lo conseguido plenamente. Assim nos diz Epicteto:
«Vejo homens que proferem máximas dos Estóicos, mas não vejo o Estóico. Mostra-me pois, um Estóico. Só peço um. Um Estóico, isto é, um homem que na doença se sente feliz, que morrendo se sente feliz, que desprezado e caluniado se sente feliz!
  (... continua) 
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