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Aqui também, a criatividade na Arte do Pensamento presta homenagem ao Ser, e para além de autores já consagrados, damos espaço aos jovens valores que connosco queiram colaborar em vários temas.

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Planeta orbita duas estrelas

de Núcleo de Astronomia

em 20 Set 2011

  A existência de um mundo com um pôr-do-Sol duplo, imaginado no filme "Guerra das Estrelas" há mais de 30 anos atrás, é agora um facto científico. A missão Kepler da NASA fez a primeira descoberta inequívoca de um planeta circumbinário -- um planeta que orbita duas estrelas -- a 200 anos-luz da Terra.
Ao contrário do planeta Tatooine da saga "Guerra das Estrelas", o planeta é frio, gasoso e nada hospitaleiro, mas a sua descoberta demonstra a diversidade de planetas na nossa Galáxia. Pesquisas anteriores já tinham insinuado a existência de planetas circumbinários, mas a sua confirmação permanecia elusiva.


O Kepler detectou tal planeta, conhecido como Kepler-16b, ao observar trânsitos, onde o brilho de uma estrela (§) diminui devido à passagem do planeta.
"Esta descoberta confirma a existência de uma nova classe de sistemas planetários com capacidade para albergar vida," afirma William Borucki, investigador principal do Kepler. "Dado que a maioria das estrelas na nossa Galáxia fazem parte de um sistema binário, isto significa que as oportunidades para a vida são muito maiores se os planetas se formassem apenas em torno de estrelas individuais. Este marco confirma uma teoria que os cientistas tinham há décadas mas que só agora foi provada."

A equipa de pesquisa, liderada por Laurance Doyle do Instituto SETI em Mountain View, Califórnia, EUA, usou dados do telescópio espacial Kepler, que mede diminuições no brilho de mais de 150.000 estrelas, em busca de planetas em trânsito. O Kepler é a primeira missão da NASA capaz de descobrir planetas tipo -Terra perto ou dentro da "zona habitável," a região num sistema planetário onde a água líquida pode existir à superfície do planeta.
Os cientistas detectaram o novo planeta no sistema Kepler-16, um par de estrelas que se eclipsam uma à outra a partir da perspectiva da Terra. Quando a estrela mais pequena bloqueia parcialmente a estrela maior, ocorre um eclipse (§) primário, e um eclipse secundário ocorre quando a estrela mais pequena é ocultada, ou completamente bloqueada, pela estrela maior.

Os astrónomos observaram que o brilho do sistema também diminuía quando as estrelas não se eclipsavam uma à outra, o que apontava para um terceiro corpo. Estes eventos de diminuição adicional no brilho, denominados eclipses terciários e quaternários, reapareciam em intervalos regulares de tempo, indicando que as estrelas estavam em posições diferentes na sua órbita de cada vez que o terceiro corpo passava. Isto mostrou que o corpo não orbitava só uma, mas ambas as estrelas, numa larga órbita circumbinária.

O puxo gravitacional nas estrelas, medido através de mudanças nos tempos dos eclipses, foi um bom indicador da massa do terceiro corpo. Foi detectado um puxo gravitacional muito ligeiro, que apenas seria provocado por uma massa pequena. Os achados estão descritos num novo estudo publicado a semana passada na revista Science.

"A maioria do que sabemos acerca dos tamanhos das estrelas vem de tais sistemas binários eclipsantes, e a maioria do que sabemos acerca do tamanho dos planetas vem dos trânsitos," afirma Doyle, que é também o autor principal e cientista da missão Kepler. "Kepler-16 combina o melhor dos dois mundos, com eclipses estelares e trânsitos planetários num só sistema."

Esta descoberta confirma que Kepler-16b é um mundo frígido e inóspito, com aproximadamente o tamanho de Saturno e que se pensa ser constituído por metade rocha, metade gás. As estrelas-mãe são mais pequenas que o nosso Sol. Uma tem 69% da massa do Sol e outra apenas 20%. O Kepler-16b orbita em torno das estrelas a cada 229 dias, parecida à órbita de Vénus (225 dias), mas situa-se para lá da zona habitável do sistema, onde a água pode existir em estado líquido à superfície, pois as estrelas são mais frias que o nosso Sol.

"Ao trabalhar nos filmes, regularmente temos a tarefa de criar algo nunca antes visto," afirma o supervisor de efeitos especiais, John Knoll, da Industrial Light & Magic, uma divisão da Lucasfilm Ltd., em São Francisco, EUA, equipa que trabalhou nos filmes "Guerra das Estrelas". "No entanto, por vezes as descobertas científicas são mais espectaculares do que conseguimos imaginar. Não há dúvida que estas descobertas influenciam e inspiram quem conta histórias. A sua própria existência serve como uma causa para sonhar mais alto e para abrir as nossas mentes a novas possibilidades para lá do que pensamos que 'sabemos.'"
   


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