Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Actividades
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 7 de 9
A Marcha dos Tempos

de Arthur Shaker

em 25 Dez 2012

  (...anterior) Aqui, um monge, desapegado dos desejos sensoriais, desapegado dos estados mentais não saudáveis, entra e permanece no primeiro jhana, que é acompanhado do pensamento e ponderação, nascido do desapego, preenchido de deleite e felicidade. E com o cessar do pensamento e ponderação, pela obtenção da tranquilidade interior e unifocamento da mente, ele entra e permanece no segundo jhana, que é sem pensamento e ponderação, nascido da concentração, preenchido com deleite e felicidade. E com o cessar do deleite, permanecendo imperturbável, plenamente atento e claramente consciente, ele experimenta nele a felicidade do qual o Nobre diz: “Feliz é aquele que permanece com equanimidade”, ele entra no terceiro jhana. E, tendo abandonado o prazer e a dor, e com a cessação da felicidade e tristeza anterior, ele entra e permanece no quarto jhana, que está para além do prazer e da dor, e é purificado pela equanimidade e plena atenção. Isto é felicidade para um monge’
‘E o que é riqueza para um monge? Aqui, um monge, com um coração preenchido com amor-bondade, habita preenchendo um quarto (do espaço), o segundo, o terceiro, o quarto. Assim, ele habita preenchendo o mundo todo, acima, abaixo, de um lado a outro – em todo lugar, sempre com a mente preenchida com amor-bondade, abundante, ilimitado, sem ódio ou má-vontade. Então, com o seu coração preenchido com compaixão,... com seu coração preenchido com alegria simpatética,... com o coração preenchido com equanimidade,... ele habita preenchendo o mundo todo, acima, abaixo, de um lado a outro – em todo lugar, sempre com a mente preenchida com equanimidade, abundante, ilimitado, sem ódio ou má-vontade. Isto é riqueza para um monge’.
‘E o que é o poder para um monge? Aqui, um monge, pela destruição das corrupções, ele entra e habita naquela incorruptível libertação do coração e libertação pela sabedoria que ele realizou, nesta mesma vida, através de seu próprio super conhecimento e realização. Isto é o poder para um monge’.
‘Monges, eu não considero nenhum poder tão difícil de conquistar quanto o poder de Mara. É apenas através dessa construção de estados saudáveis que este mérito aumenta’.
Assim falou o Mestre, e os monges se alegraram e regozijaram com estas palavras.

Notas
(1) The Long Discourses of the Buddha (§) – A Translation of the Digha Nikaya. Maurice Walshe. Boston, Wisdom, 1996. (tradução do sutta para o português: Arthur Shaker, 2012).
(2) No sutta 27, 1.12-17, do Digha Nikaya, assim são descritos cada um dos tesouros, que correspondem a poderes, a serviço do Rei: o Tesouro de Elefante, de um branco puro, com uma força séptupla, uma tromba real, e com o poder de viajar pelo ar; o Tesouro de Cavalo, com o poder de viajar pelo ar; o Tesouro de Jóia, de brilho imenso; o Tesouro de Mulher, de grande beleza, fala prazerosa, fidelíssima, sempre pronta a lhe dar-lhe prazer; o Tesouro de Chefe de família, com seu olho divino capaz de encontrar tesouros escondidos; e o Tesouro de Conselheiro, sábio, experiente e competente para orientar o Rei sobre os corretos procedimentos a seres tomados, evitados e divisados.

(3) Sobre esse tema do Monarca Universal, Chakravartin, o que se situa no Centro do Mundo e “faz girar a roda”, veja também René Guénon (§) – O Rei do Mundo. Lisboa: Ed. Minerva, 1978.

(4) Trata-se dos actuais cinco preceitos para os leigos (pañcasila), acrescido do preceito da moderação no comer.

(5) Seguir “as próprias ideias” significa optar pela ignorância, pela visão incorrecta (miccha ditthi), em detrimento da visão correcta do Dhamma, e marca o início do processo de degeneração da relação humana para com o Dhamma.
O processo de degeneração e decadência pode ser compreendido em vários níveis. A começar pelo corpo, é bastante evidente que os corpos dos seres tendem à degradação, culminando com a morte. Ampliando esta mesma determinação, os ciclos de humanidade, bem como do Cosmo, seguem a mesma lei. Isto não significa que os seres estejam necessariamente fadados à degradação mental, pois isto depende da lei do kamma.
  (... continua) 
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®