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Luz do Santuário

de Geoffrey Hodson

em 12 Ago 2013

  (...anterior) Mantive em minha mente o pedido para que ele enunciasse um princípio sobre o desenvolvimento espiritual. Depois de algum tempo as seguintes palavras se formaram, sem esforço, em minha mente: “Voluntariamente aprisionado em seu interior, como luz, encontra-se um poder omnipotente. Liberte-o. Deixe que a luz brilhe.” Essas palavras podem não parecer grande coisa para algumas pessoas, mas elas produziram um efeito muito profundo e esclarecedor em mim. Usei-as como uma sentença introdutória para meu pequeno livro sobre meditação, Um Ioga da Luz, que foi escrito pouco depois daquela experiência.

Enquanto eu estava sendo levado de um lado para outro em Arunachala, depois de ter visitado o ashram do Maharishi, dirigi-me aos meus amigos indianos, um dos quais era um advogado vivendo em Tiruvannamalai, e perguntei se aquela montanha não abrigava outros homens santos. Ele respondeu que ela abrigava até mesmo maiores do que o Maharishi. Quando perguntei ansiosamente onde eles ficavam, ele me disse que eles não se revelavam, mas era sabido que eles viviam nas alturas da montanha. Alguns pastores e aldeões de vez em quando os avistavam, e mesmo levavam comida para eles. Insisti, então, por informação se havia algum que poderia estar disponível para uma entrevista. Meus amigos se entreolharam por alguns instantes e responderam que havia um, chamado Shiva, que eles estavam certos que iria me receber. Decidimos partir imediatamente.

Contornando a montanha, saímos da estrada principal e tomamos um caminho estreito entre as árvores, mais perto da montanha de Arunachala. Finalmente, chegamos a uma linda clareira na floresta, onde havia um tanque, um reservatório calçado com pedras ou concreto. Ao descermos de nosso carro, um de nossos amigos exclamou que lá estava Shiva, à direita, e eu vi um homem quase nu que se levantou quando nos aproximamos. Ele era idoso, erecto, em bom estado de saúde, sua pele parecia brilhar com vitalidade. Ele era esbelto, com cabelos brancos longos bem penteados até seus ombros, com um bigode longo e uma barba, também branca. Mas seus olhos estavam acesos com humor e afeição, e quero enfatizar a luz interior da qual falei, na verdade, mais do que isso. Toda a postura do homem demonstrava que ele havia conquistado todas as fraquezas humanas e tinha seu autodomínio, era um rei dos reis. Até sua forma de andar mostrava a mais perfeita liberdade de qualquer fraqueza, limitação, ou medo de qualquer coisa.

Ele nos recebeu perto de sua choupana com um telhado de palha aberto nos lados. Sentamo-nos no piso de concreto e ele num assento de concreto curvado. Ele havia feito a choupana e o revestimento do tanque com suas próprias mãos. Sorriu para nós e meus amigos me apresentaram e perguntaram se eu podia conversar com ele. Ele sorriu de forma radiante, consentindo. Com isso começamos a falar sobre assuntos espirituais, ioga, filosofia e as coisas sobre as quais adoro discutir. Ele mostrou-se muito amigável e quando eu voltei em outra ocasião, ele pareceu mostrar uma empatia calorosa por mim. Finalmente eu me aventurei com a pergunta mais importante para mim. Se uma pessoa tinha aprendido a meditar e podia manter sua consciência por um tempo razoável num senso de unidade com o Supremo Espírito, a essência do universo, o Atma, qual era o próximo passo? Como perder a consciência do corpo, como ele e outros eram capazes de fazer, e tornar-se absorvido no Paramatma?

Ele riu em voz alta para mim e disse que não podia me dizer aquilo. Eu tinha que aprender aquilo; era preciso que isso me fosse mostrado e não meramente dito. Obviamente, ele estava falando por meio de intérpretes, pois só falava a língua local, tâmil. De repente, olhou para mim e perguntou-me quanto tempo eu poderia dedicar a ele. Pensei por um momento e conclui que eu poderia viajar as cento e cinquenta milhas de Madras de carro, para passar um fim-de-semana, se alguns amigos estivessem disponíveis para dirigir de ida e de volta.
  (... continua) 
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