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Misticismo

de Annie Besant

em 19 Out 2013

  (...anterior) E está escrito que o conhecimento do Ātman não é obtido através dos Vedas, nem pela ciência, nem pelo conhecimento, nem pela devoção, nem pelo conhecimento unido à devoção, mas que essas são as qualidades através das quais o homem se aproximará do supremo.

Então, aí está traçado o Caminho em cada plano. No plano físico, temperança em todas as coisas, como escreveu Sri Krishna e como expôs o Senhor Buda – o caminho do meio. Não sono em demasia, diz Sri Krishna, nem pouco demais, não o caminho da luxúria, nem o caminho de atormentar o corpo, mas o caminho intermédio da temperança, no qual se ganha a serenidade, no qual o que é agradável não se vê repelido ao apresentar-se, nem procurado quando está ausente. Um e outro são aceites conforme aparecem. Riqueza ou pobreza, palácio ou cabana – todas essas coisas são irreais. E, no plano físico, a imparcialidade, a serenidade são necessárias para o sucesso no Yoga (§). Então, ensinam-nos como devemos controlar as nossas emoções e, em terceiro lugar, que devemos dominar a inquietude da mente. Diz-se, então, quando isso é conseguido: “Aquele que está livre de desejos e não tem pesares, contempla na tranquilidade dos sentidos, a majestade do Eu”.

Vendo isso desse modo, começamos a compreender o quanto deve ser feito antes que realmente possamos palmilhar esse Caminho do Yoga, essa Senda do Misticismo. Devemos aprender as coisas que são necessárias, e todas elas se acham no que às vezes é chamado o Caminho Probatório, o Caminho no qual nos preparamos. E, a fim de que possam compreender que nisso não há diferença entre o Oriente e o Ocidente, devo fazer com que se recordem de na Igreja Católica Romana – embora isso não chame a atenção do católico romano comum – esse Caminho está também traçado, tanto quanto possível. E, num livro notável, chamado The Graces of Interior Prayer, encontramos o método que deve ser seguido, uma disciplina igual àquela que aqui temos. E esse Caminho de Preparação para o Yoga, a que acabei de aludir, é chamado de Caminho de Purificação ou da Purgação, na Igreja Católica Romana. Tal como a meta no Yoga é a União com o Ātman Universal, o Próprio Brahman, na Igreja Católica Romana fala-se na realização final com palavras muito fortes, a Deificação do Homem. O homem se faz Deus. Tal como disse um grande santo, sugestivamente: “Convertei-vos naquilo que sois”.

Assim, ao estudar o Misticismo, quando o tomarem pormenorizadamente, seria bom estarem atentos para esses vários estágios. Observem-nos, e façam a sua identificação em muitos escritores, em países diferentes, e em diferentes épocas. Porque sempre irão encontrar esses estágios aparecendo nas diferentes religiões, seja qual for o Profeta que a tenha fundado, seja qual for o Mestre de qualquer crença especial. Vendo o assunto desse modo, chegarão a compreender que todas as mais altas qualidades que o homem pode desenvolver e desdobrar, em sua evolução, têm de ser desenvolvidas nesse Caminho, a fim de que ele possa ser percorrido com segurança e sem graves recuos.

Dizem-nos que o Eu Superior não pode ser encontrado por um homem destituído de vigor – uma profunda verdade. Ele precisa da energia da persistência, da energia da decisão, da energia da concentração, da energia da devoção, da energia do intelecto. Cada qualidade exigida deve ser desenvolvida até atingir o máximo de energia. Esse Caminho não é para os fracos. Nessa energia, aquele que se propõe palmilhar o velho e estreito Caminho descobre que o intelecto é necessário para se obter sucesso, mas está escrito que além dum certo estágio, o intelecto se abate silenciosamente, e já nos pode levar avante. O mesmo se dá com a devoção. Profunda quanto possa ser, ela por si mesma, não nos pode levar ao Supremo. Mas também é dito que, no coração daquele que é um devoto perfeito, a sabedoria brota com o correr do tempo, porque nenhuma grande faculdade do Eu Superior pode desenvolver-se sozinha.
  (... continua) 
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