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Filosofia Científica

de Samir Bhattacharya

em 16 Mai 2014

  (...anterior) Essencialmente, não existem diferenças entre os homens. Todos são divinos. Existem, como sempre existiram, ondas infinitas provenientes do oceano infinito; potencialmente, cada um de nós tem, na sua origem, o infinito oceano da Existência, do Conhecimento e da Felicidade. A diferença está no grau de manifestação dessa divindade.
Actualmente a ciência fala da genética, do genoma, etc.; dou um exemplo: quando foi descoberto o genoma? Encontrámo-lo quando descemos ao nível das algas marinhas. O que resulta disto é que a unidade, por toda Natureza, confirma ser a grande verdade defendida pelo Vedānta e por Swami Vivekananda. Qualquer que seja a evolução, a essência de algo continua a ser a mesma, a unidade.
Swami Ranganathananda prezava muito a ciência. Costumava dizer que a sociedade indiana se transformará quando o nosso povo obtiver algum pensamento científico. Então o nosso povo poderá compreender o Vedānta e beneficiar dele, porque o Vedanta é mesmo muito científico. Qual é o significado do termo “científico”? Significa aquele que lida com a verdade tal como ela é. Assim, a verdade é científica, e a ciência é verdade. Seguidamente explicava que a biologia moderna nos apresenta uma verdade profunda: a verdade de sermos únicos. A distinção entre as espécies pré-humanas das espécies animais e humanas é uma herança da genética.

O ser humano também tem outra herança- a chamada herança cultural. Hoje, a biologia diz que a cultura é o conhecimento e a experiência acumulados. Nos tempos védicos havia uma certa experiência que não se perdeu com a morte dos sábios: passavam essa experiência e sabedoria oralmente para as gerações seguintes, e muito mais tarde, pela escrita. Assim, a literatura, a arte, a ciência, a religião e a filosofia enriqueceram-se e tornaram-se uma herança da geração humana, e a tal chama-se cultura cumulativa. Esta cultura cumulativa é a futura evolução que se orientará para a unidade da arte, da filosofia, da ciência, da religião, etc. e aí entenderemos a verdadeira essência da espiritualidade do Vedānta.

A última questão, que é frequentemente colocada: Será que os grandes cientistas, quando entram no reino da filosofia, sentem a existência de Deus? Também pedem a Deus, para os seus bons êxitos? Se pedem pelo sucesso, isso é pessoal. Mas será que acreditam que algo existe por detrás da ciência que ajuda a ciência? Esta é uma importante questão da religião da ciência, uma questão muito bem explicada por Einstein (§). Ele diz que a pesquisa científica se baseia na ideia de que tudo quanto acontece, incluso a acção humana, é determinado pelas leis da Natureza. Temos que admitir, contudo, que o nosso conhecimento actual destas leis é imperfeito e fragmentado. Por conseguinte, as leis naturais, que tudo abarcam, assentam em algum tipo de fé, a qual tem sido largamente justificada pelo sucesso da pesquisa científica. Por outro lado, quem está seriamente comprometido na senda da ciência, acaba por se convencer que o Espírito se manifesta nas leis do universo, um Espírito muito superior ao do homem, e em cuja presença, com os nossos modestos poderes, nos temos de sentir humildes. Desta forma, a pesquisa da ciência conduz a um sentimento religioso de um tipo especial, que é, na verdade, bem diferente da religiosidade de alguém mais ingénuo.

Por fim, cito uma pessoa controversa da América, Francis Collins, que escreveu um livro chamado A linguagem de Deus (publicado em 2006). Obteve uma grande crítica da comunidade americana. Collins lidera um projecto do genoma humano e é director do Centro do Genoma Humano nos EUA. Collins, contudo, nunca capitulou perante a crítica e reafirmou que ele acredita no que acredita. O que ele acredita é baseado na sua devoção total à ciência. Isso deu-lhe esse tipo de crença.
  (... continua) 
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