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O Buda Compassivo

de Amit Ray

em 02 Jun 2014

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Radhakrishnan afirma: “ O Budismo alcançou tal sucesso, porque foi uma religião de amor que deu voz a todas as forças inarticuladas que trabalhavam contra a ordem estabelecida e a religião cerimonial, dirigindo-se aos pobres, aos inferiores e aos deserdados”. Assinalou que “ o Budismo é essencialmente psicológico, lógico e ético, e não metafísico.”

O Sacrifício não é apenas renunciar, ou dar por caridade; para alcançar o maior é preciso sacrificar o menor. Na Índia, durante a expansão do Budismo e nos tempos subsequentes, nunca houve, em tempo algum, tanto progresso como houve nas artes, na ciência, no comércio, e no poder imperial. Isto porque quando a religião dos homens se torna viva, o progresso não se limita a especulações de escatologia. Essa religião revigorada liga-se a todo o tipo de esforços grandiosos.

Compaixão Universal

Não se pode falar de compaixão universal por todas as criaturas, de forma ligeira. No mundo humano encontramos vulgarmente cada vez menos exemplos desta compaixão. O sacrifício pelo bem-estar das crias no mundo animal, não é raro. A mesma forma de sacrifício encontra-se em grupos de seres humanos, bem como em abelhas, por exemplo. Inigualável bondade amorosa flui através do amor, da compaixão, em pequenos incidentes, como os publicados num jornal, onde uma cadela alimentou a cria de uma cabra.

As histórias Jataka tentaram ilustrar a virtude da compaixão universal. O sentimento de amizade também está presente em certas áreas do mundo animal. Quando este sentimento de compaixão não tem limites, só então se torna auto-sacrifício; pequenos sacrifícios tocando desejos materiais atingem este fim nessa altura. O esforço, amor, cuidado pelo nosso grupo biológico só é transcendido nesse momento. Na abundância da compaixão universal encontramos a imparcialidade entre o meritório e o não meritório; a espontaneidade, a renúncia auto comprometida é que faz a pessoa adequada ao Nirvāna.

A compaixão é o Budismo. Onde há compaixão há a força de Buda. Buda disse que buscar a única verdade, válida para todos os tempos, todos os países, todos os povos independentemente da casta, do credo, pobreza ou influência, é o dever de todos nós. O amor infinito flui no mundo, convidem-no para o vosso coração, cultivem incomensurável amor e boa vontade para com todas as criaturas, isento de obstáculos, ódio, contendas!

Buda aconselhou-nos, os leigos, a não desistir do mundo, mas antes, a levar uma vida virtuosa em família e a promover o bem-estar na comunidade.

Buda aconselhou os seus discípulos a plantarem uma árvore a cada cinco anos, pela sua própria mão, e a cuidar dela para que cresça devidamente. E que belo exercício para praticar a bondade! Se este conselho fosse praticado hoje, em todo o mundo, teríamos evitado a desflorestação e, através deste esforço, teríamos alcançado prosperidade económica igualmente; além disso teria sido mantida uma ecologia mais adequada.

A sua verdadeira grandiosidade torna-se mais clara e luminosa com o passar do tempo, e até mesmo os mais cépticos voltam-se para ele com um apreço mais real, uma reverência mais profunda, e uma verdadeira adoração. Radhakrishnan afirma: “ Ele é um dos poucos heróis da humanidade que ultrapassou épocas na história da nossa raça, com a mensagem para tempos futuros, bem como foi para o seu tempo.” “Para o Buda, o Dhamma, ou a rectidão, é o princípio que rege o universo.” Diz mais adiante:” quando purificamos o coração através do treino ético, quando focamos a energia da nossa consciência no mais profundo de nós, despertamos as possibilidades divinas inerentes, e de repente, ocorre uma experiência nova com a clareza do insight e a liberdade da alegria!”

Nirvana significa aniquilação da paixão, do ódio e da ilusão (raga, dosha e moha). É a redução de todos os males – diminuição dos vícios e das fraquezas no homem, sendo o aspecto negativo do seu avanço positivo na transformação.
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