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Conde de Keyserling e Fernando Pessoa...

de Pedro Teixeira da Mota

em 07 Jul 2014

  (...anterior) As reacções não se fizeram esperar (às quais F. Pessoa se tinha antecipado...), o que levou a direcção da revista a publicar uma nota explicativa e uma resposta de Keyserling às críticas ou mesmo insultos recebidos (sobretudo de Agostinho de Campos, autor de um sugestivo livro Jardim da Europa, que o acusava de se prostituir a quem lhe pagava mais, algo então raro), explicando que o espelho pouco lisonjeiro apresentado de cada país era para os obrigar a reagir, saindo finalmente, num número posterior, um ensaio do director da revista intitulado “Portugal visto da Europa”.

O que é um facto, resultante certamente desta oposição lusitana (embora fosse interessante descobrir-se a movimentação psíquica de Keyserling, talvez através de uma investigação nos arquivos de Darmstaad, é que na 2ª edição dessa obra de Keyserling, as últimas vinte linhas do ensaio desapareciam, as mais críticas e que referiam, por exemplo, que os portugueses «viviam de ilusões e de imagens do desejo. Identificam-se como povo, com as grandes individualidades da sua história, que, naturalmente já em vida eram excepções, não tendo nenhum Português de hoje o direito de se comparar com eles. Não querem convencer-se de que o facto de terem grandes possessões coloniais é um simples acaso: se a Inglaterra não tivesse interesse na sua conservação, elas já não existiriam e nenhum português moderno poderia criar um império colonial», afirmações estas que quer para um Portugal tradicional quer para um Estado Novo em formação talvez tivessem impulsionado algumas das reacções mais insultuosas ou das pressões para não ser publicado...

Anote-se por fim que, embora não haja qualquer livro de Keyserling no que restou da biblioteca pessoana, a sua vasta obra original e intuitiva, ainda que com certas limitações, merecia bem a simpatia intelectual expressa por Fernando Pessoa (§) no final da sua carta, tal como aliás sucedera com mestres como Rabindranath Tagore (§) ou Nicolas Berdiaef que muito elogiaram as capacidades e realizações do fundador da Escola de Sabedoria, ainda hoje viva e orientada com fidelidade e verdade pelos seus descendentes...
   
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