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A Justiça Divina

de Lubélia Travassos

em 06 Nov 2014

  (...anterior) Será que se fossemos Deus faríamos coisas tão injustas? De que serve ler e viver de acordo com as escrituras, se a vida é predestinada por um Deus caprichoso que, deliberadamente cria seres com corpos ou cérebros imperfeitos?

De acordo com a lei da causa e efeito, toda a acção corresponde a uma reacção proporcional. Por conseguinte, tudo o que está a acontecer connosco agora só pode ser resultado de algo que fizemos anteriormente. Se não existe nada nesta vida que justifique as circunstâncias actuais, a conclusão inevitável a que chegamos é a de que a causa foi posta em movimento nalguma época anterior, isto é, nalguma existência humana passada. Os nossos estados de ânimo e características mais fortes não começaram com este nascimento, mas estabeleceram-se na nossa consciência muito antes disso. Isso leva-nos a compreender porque algumas pessoas mostraram, desde o princípio da sua infância, não só certas fraquezas, como também talentos específicos. Por isso, podemos de igual modo compreender como a vida perfeita de Jesus na Terra foi o resultado de diversas encarnações anteriores, em que ele foi desenvolvendo o autodomínio. Na verdade, a sua vida milagrosa como o Cristo, foi consequência de muitas vidas anteriores e de aprendizagem espiritual. Ele se tornou num Avatar, uma encarnação divina, porque nas suas vidas passadas, como ser humano comum, combateu as tentações da carne e venceu. O seu exemplo oferece a esperança definitiva a toda a humanidade. De contrário, que oportunidade teríamos? Se Deus tivesse enviado anjos (§) para nos ensinar, poderíamos dizer: «Senhor, porque não me criaste anjo? Como posso imitar os seres que foram criados perfeitos e que não passaram por quaisquer experiências, tais como as provações e as tentações que Vós me destes?»

Em geral, seguindo o nosso idealismo, sentimos a necessidade de procurar um Ser essencialmente igual a nós. Jesus teve de enfrentar tentações. “Afasta-te Satã”, disse ele. E venceu. Se ele nunca tivesse conhecido a tentação, a sua ordem de vida teria sido uma encenação, e como poderia isso nos inspirar? Embora já tivesse vencido a carne em outras vidas, teve de sentir essa fraqueza de novo na encarnação como Jesus, para mostrar à humanidade, por meio da sua vitória, o desenvolvimento espiritual que tinha alcançado e, com o seu exemplo, dar coragem a todos os homens.

A reencarnação é uma viagem da alma para atingir a perfeição

A reencarnação é o progresso de uma alma ao longo de muitas vidas no plano terreno, à semelhança da formação de um aluno numa escola, antes de “se diplomar”, para que o ser humano atinja a perfeição imortal da união com Deus. As almas que vivem em estado imperfeito, inconscientes da sua divina identidade com o Espírito, não entram, automaticamente, em estado de realização divina, na altura em que se dá a morte do corpo físico. Fomos realmente feitos à imagem de Deus mas, pela identificação com o corpo físico, assumimos dele imperfeições e limitações. Enquanto a consciência humana, de mortalidade imperfeita, não for removida, não poderemos voltar a ser deuses. Conta-se uma história de um príncipe que fugiu do seu lar palaciano e procurou abrigo num bairro de lata. Embriagando-se e convivendo com pessoas de mau carácter, aos poucos perdeu a lembrança da sua verdadeira identidade. Só depois do pai o ter encontrado e levado de volta para o palácio, é que ele se recordou que era na verdade um príncipe.

De igual modo, somos todos filhos do Rei do Universo, que fugimos do lar espiritual. Encerramo-nos, por tanto tempo, em corpos humanos que esquecemos a nossa herança divina. Durante numerosos regressos à Terra, desenvolvemos novas imperfeições e novos desejos. Por isso, voltamos para cá repetidas vezes, até satisfazermos todos os desejos ou, então, a eliminá-los totalmente, através do desenvolvimento da sabedoria.
  (... continua) 


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