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A Justiça Divina

de Lubélia Travassos

em 06 Nov 2014

  (...anterior) Mais tarde, o historiador antigo, Josephus faz referência a isso como se fosse uma crença comum dos Judeus. Ele escreveu no “De Bello Judaico”: “Eles dizem que todas as almas dos bons são apenas removidas para outros corpos”. “Penso que Jesus Cristo deve ter-se referido a isso como se fizesse parte de ideias aceites naquela altura. Ele nunca repudiou ou negou a crença nem ensinou que fosse falsa”.
O Cristianismo primitivo ensinava a reencarnação e há várias citações na Bíblia a respeito. Torna-se bastante evidente, que os homens daquela altura não viam nada de extraordinário no conceito de que Jesus deveria ser a reencarnação de alguém que o tivesse precedido. Jesus revelou que conhecia essa verdade, quando disse: “Elias já veio, e eles não o conheceram. (…) Então os discípulos compreenderam que lhes falava de João Baptista” (Mateus 17:12-13). Quando ele disse: “Elias já veio”, quis dizer que a alma de Elias tinha reencarnado no corpo de João Baptista.
Jesus foi Eliseu na sua vida anterior e atingiu a maior parte da sua perfeição naquela encarnação como Eliseu (Elisha), e João Baptista, o guru de Jesus, foi Elijah (Elias) na sua vida anterior. Referindo-se a João Baptista, Jesus disse: “E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir” (Mateus 11:14).

A última encarnação de Eliseu, como Jesus, foi profetizada várias centenas de anos, antes do evento, porque ele estava destinado a cumprir um plano de Deus. Essa profecia encontra-se no livro de Isaías (7:14), oito séculos antes de Cristo: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe darão o nome de Emanuel”. São Mateus ao narrar o evento do nascimento de Cristo, assinalou: “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: ‘Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus connosco’”. (Mateus 1:22-23).
Jesus aprendera todas as lições na escola da vida de muitas encarnações e demonstrara completa vitória sobre a consciência material. Por isso é que, dele, o Pai Celeste disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Nós somos todos filhos de Deus. Há muitas encarnações Ele nos criou, como criou Jesus. No Evangelho de São João, vemos o próprio Jesus declarando: “Não está escrito na vossa lei: Eu disse, Vós sóis deuses?” (João 10:34). Jesus foi feito à imagem de Deus, como nós, e ele venceu a ilusão, mostrando-nos como fazer o mesmo. Se superarmos a ilusão nesta vida, retornaremos para Deus e não mais reencarnaremos. “A quem vencer, eu farei coluna no templo do meu Deus, e dali não mais sairá”. (Apocalipse 3:12).

Em João 9:2, podemos ler: “E os seus discípulos perguntaram-lhe: Mestre, quem pecou foi este homem, ou os pais dele, uma vez que ele nasceu cego”. Isto mostra que era evidente existir o conceito da reencarnação na mente dos discípulos ao fazerem essas perguntas, porque se a cegueira era consequência do pecado, como eles presumiram, então era óbvio que aquele pecado deveria ter ocorrido antes do nascimento que produziu aquela cegueira.
A crença da reencarnação não era nova, mas sim altamente apoiada no tempo dos pré-cristãos. Era ensinada nas escrituras do Antigo Egipto (§), e era, e ainda é ensinada nas Religiões do Hinduísmo e Budismo. O grande Filósofo Grego Pitágoras (§) (582-500 a.C.) lembrava-se das suas vidas passadas, e Platão, que continuou os seus ensinamentos, aceitou a ideia da reencarnação.
A reencarnação era aceite pelos Neo-Platónicos. Segundo alguns estudiosos, a reencarnação fazia parte dos primeiros ensinamentos Cristãos até meados do século seis. Era, com certeza, aceite pelos Cristãos Neo-Platónicos, em Alexandria. Podemos citar S. Jerónimo (340-420 A.D.), que ao usar o termo “transmigração” para a reencarnação escreveu: “A doutrina da transmigração tem sido ensinada desde os tempos antigos, para um pequeno número de pessoas, como sendo uma verdade tradicional, que não era para ser divulgada” (Epístola de Hyeronym e Demetriadem).
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