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O Renascimento Oriental

de Douglas T. Mcgetchin

em 27 Nov 2014

  (...anterior) Buddenbrook tivesse tido esta experiência depois de Vivekananda ter vindo ao ocidente, este comerciante alemão bem se poderia ter tornado devoto de Ramakrishna.

Estímulo para análise científica e linguística

Em acréscimo à influente filosofia, o Renascimento Oriental também serviu de estímulo para a análise científica e linguística das línguas indianas. Por volta de 1900 havia mais professores de Indologia na Alemanha do que no resto de toda a Europa e América em conjunto. A Alemanha tinha quarenta e sete professores devotados ao estudo da herança do Sul da Ásia, enquanto a Inglaterra só tinha quatro. Como se explica a existência de tão grande número de eruditos alemães, particularmente tendo em conta que não havia colónias alemãs no sul da Ásia? Apenas uma parte da resposta é uma ligação e um amor especial entre a Alemanha e a Índia. Também se deveu a razões práticas: a Indologia na Alemanha, primeiro de tudo, deveu o seu lugar e apoio continuado aos usos culturais e nacionalistas que teve da Prússia e em outros estados alemães. Os estudiosos alemães reivindicaram o seu interesse pela Índia antiga por razões científicas – o Sânscrito tornou-se uma parte integrante do domínio académico da Prússia, no campo linguístico. Ao aumentar o prestígio da ciência alemã, a ciência linguística serviu o estado da Prússia. A bolsa de estudos do Sânscrito era muito útil para aqueles que defendiam a unificação alemã; antes de a Prússia ter fundado o Império Alemão em 1871, a língua era um elemento importante para unificar a fragmentada Europa central, tanto a nível religioso, como a nível político. Devido à configuração politicamente estilhaçada dos estados alemães, havia vários centros de estudos de sânscrito, e cada um desenvolvia a sua característica única. Os centros mais importantes eram Berlim e Bona, mas Munique, Töbingen, Leipzig, Göttingen, e outras universidades também desenvolveram programas de Indologia.

Embora os estudiosos de Sânscrito se justificassem com a ciência, a verdadeira razão para o criar desta disciplina era o interesse Romântico pela Índia, e continuou a depender de imagens Românticas da Índia, para se ligarem aos oficiais e ao público. Na retórica pública os Indologistas frequentemente enfatizavam três aspectos da Índia, todos eles chamados importantes de Schegel ao Renascimento Oriental: a antiguidade da civilização indiana, a beleza inerente dos ‘ tesouros culturais’ da Índia, e uma relação única da Índia à Alemanha.

A idade venerável da antiga civilização indiana foi um importante argumento para os eruditos do Sânscrito. Em 1818 Friedrich Majer descreveu a ‘mais antiga religião dos indianos’ como ‘ a história mais antiga da raça humana’. Wilhelm von Humboldt defendeu que o Sânscrito foi ‘ A linguagem mais antiga e a primeira a ter verdadeiras formas gramaticais’. O indologista de Oxford, de origem alemã, Max Müller argumentou que a razão de estudar Sânscrito foi a sua ‘antiguidade’, pois era, linguisticamente falando, a ‘irmã mais velha’ do Latim e do Grego. Como o estudo dos Vedas se expandiu nos anos 40 de 1800, os académicos descreveram os Vedas como a escrita mais antiga da literatura indiana, bem como de toda a humanidade. O estudo do Rig-Veda, o mais antigo dos quatro Vedas, foi um foco de estudo em particular. O indologista berlinense, Albrecht Weber, assinalou nas suas Lições Académicas, que as canções no Rig-Veda ‘ transportam-nos ao tempo original Indo-Germânico’.

Alegações estéticas

Acrescendo às alegações que os épicos indianos eram mais antigos que os clássicos europeus, os indologistas também defenderam que neles havia um grande apelo artístico e de beleza inerente. Razões estéticas sobre o material indiano estendiam-se ao próprio sânscrito, quer ao seu alfabeto, quer à sua estrutura gramatical. Von Humboldt escreveu a Bopp, ‘ o alfabeto sânscrito…tem uma regularidade e uma plenitude maravilhosa’. Ao longo do séc. XIX, consistentemente, os alemães referiram-se virtualmente à literatura sânscrita em termos económicos, comparando-a a um ‘tesouro’. Por exemplo, em 1819, August W.
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