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Mosteiro Budista
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Uma conversa com amigos

de Ajahn Sumedho

em 27 Fev 2016

  (...anterior) Aldous Huxley também, embora ele, na Filosofia Perene, desconsidere o Budismo Theravada, dizendo que, desde o tempo do Buda, ainda não houve ninguém iluminado, e que tudo se deve às regras. E por isso eu tinha posto de lado o Theravada. E só por estar no sudeste da Ásia no fim de 1964, é que fui de férias à Tailândia e ao Camboja. Achei a Tailândia simplesmente fascinante. Era um país budista e por todo o lado havia monges, templos, stūpas - toda a cultura estava imersa no Budismo. Gostei imenso de tudo aquilo, gostei daquela atmosfera. Pensei então que depois do Corpo da Paz, poderia regressar e ver o que é que o Budismo Theravada tinha para oferecer.
No último ano do Corpo de Paz vivi nessa altura numa cidade costeira. Era um porto de contrabando onde acostavam os barcos a vapor para as Filipinas. Trata-se de um porto muito pequeno, mas extremamente rico por causa do contrabando – os cigarros americanos eram descarregados no molhe e os piratas filipinos chegavam lá e pilhavam todos os cigarros para os seus barcos, contrabandeando-os para as Filipinas. Um dia, os oficiais da imigração disseram que tinham consigo um jovem alemão, que se encontrava num desses barcos de contrabando, tendo entrado em Sabah através dessa cidade – o que era ilegal. Como não sabiam o que fazer com ele, disse-lhes que podia ficar comigo em minha casa. Ele tinha acabado de vir de Bangkok onde tinha estudado em Wat Mahathat; antes de se ir embora, deu-me a morada de Ajahn Khantipalo, que tinha estado em Inglaterra, e que era famoso pelos seus ensinamentos de meditação em Bangkok. Assim eu já tinha uma morada, pelo que após o Corpo da Paz fui imediatamente para Bangkok e comecei a meditar em Wat Mahathat.

Ronna Kabatznick: Tenho curiosidade de saber como conheceu o mosteiro de Ajahn Chah e qual foi a sua primeira impressão.
AS: Ora eu vivi em Bangkok aproximadamente seis meses e ensinei Inglês na Universidade Thammasat. Wat Mahathat é mesmo do outro lado da rua da Universidade, por isso de manhã ensinava, e de tarde, meditava. E tive bons resultados. Lá ensinam a tradição Mahasi Sayadow.
Penso que tive sempre a sensação de que seria monge. Cresci em Seattle no que chamam uma Alta Igreja Anglo-Católica. É Episcopal, tal como a Igreja de Inglaterra, mas mais importante e com cerimoniais semelhantes ao Catolicismo Romano. E em Seattle só existia uma igreja destas. Os meus pais eram membros muito importantes desta paróquia, daí receberem monges anglicanos de Inglaterra ou de S.ta Bárbara, (onde existia um mosteiro), que ficavam em nossa casa. Sentia-me muito impressionado com estas pessoas e, quando era jovem, era muito religioso. Mais tarde na adolescência, comecei a questionar e a pensar no Cristianismo, e a ver que já não fazia muito sentido. Por conseguinte, embora eu quisesse ser monge, não conseguia ver como o poderia ser, porque a minha única experiência era cristã. A seguir interessei-me pelo Budismo, e tal levou-me à Tailândia, e à possibilidade de me tornar um monge.
Estava à procura de um lugar onde me pudesse ordenar, e comecei a perguntar às pessoas da comunidade de expatriados em Bangkok, e todos falavam de Ajahn Maha Bua. Muitos ocidentais diziam que era o único professor que valia a pena visitar, pois tudo o resto era um desperdício de tempo. Havia Ajahn Buddhadāsa, no sul, que defendia fortes pontos de vista, mas era um grande mestre Zen (§), e não propriamente Theravada. Conheci, então, Ajahn Maha Bua e Ajahn Buddhadāsa. Na verdade gostei imenso de Ajahn Buddhadāsa, porém alguns dos monges mais opiniosos, (ocidentais, estão a ver?) estavam no seu mosteiro. Por isso, considerei a hipótese de me ordenar em Wat Bovorn e ir ter com Ajahn Maha Bua – mas entretanto aconteceram algumas coincidências.
O meu visa expirou e, como tinha de sair da Tailândia para voltar a entrar, decidi ir para o Laos de férias, e voltar a entrar na Tailândia a partir daí.
  (... continua) 


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