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Mosteiro Budista
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Por fora e por dentro

de Ajahn Jayasaro

em 14 Mar 2019

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A Consciência Correcta refere-se a manter uma consciência alerta, serena e confiante, no momento presente, em particular:
1) No corpo humano
2) Sob o aspecto em que afecta a experiência: agradável, desagradável ou neutro.
3) No estado mental
4) Nos fenómenos mentais, em como se relacionam com o caminho para o despertar de Buda.

A Concentração Correcta refere-se à estabilidade interior, à clareza e à paz experimentada nos quatro estádios da “ absorção meditativa”, ou “ jhāna”.
O primeiro jhāna é caracterizado pelos cinco “factores jhāna”: uma sustentada atenção inicial, manutenção da atenção no objecto de meditação, entusiasmo, felicidade, e focagem da mente. Consoante a mente se torna mais refinada, os factores mais densos de jhāna desvanecem-se. O segundo jhāna é alcançado com o esvanecer da atenção inicial. Ao desaparecer o entusiasmo assinala-se o atingir do terceiro jhāna. Com a perda da felicidade, a mente entra no quarto e mais subtil estado de jhāna, que se distingue pela inabalável equanimidade.

O que significa ‘tomar refúgio’? (13)
A vida é cheia de dificuldades, nunca está liberta de sofrimento, ou pelo menos da possibilidade de este surgir. Ao sentirem-se inseguros, e num estado crónico de carência, os seres humanos desejam ardentemente segurança. Alguns procuram-na adoptando um sistema de crença ou o conforto de rituais. Igualmente popular é o caminho das distracções: perseguindo prazeres sensoriais, riqueza, fama, poder e estatuto. Sob o ponto de vista budista nenhuma destas estratégias atinge esse alvo. Nem os prazeres dos sentidos, nem o sucesso mundano poderão satisfazer as necessidades humanas mais profundas. A fé nos dogmas ou a realização de rituais não conseguem providenciar um refúgio verdadeiro. Enquanto as pessoas não obtiverem clareza na compreensão de suas vidas e continuarem a agir com pouca sensatez, nunca se sentirão em segurança.

Tomar refúgio na “Jóia Tripla” ( Buda, Dhamma, Sangha) considera-se ser o primeiro passo para alcançar a libertação do sofrimento, bem como das suas causas, pois fornece, aos esforços feitos pelos budistas, uma base de suporte e uma direcção para alcançarem esse objectivo. O acto de se refugiarem assinala o primeiro passo de compromisso no caminho do Buda. Os budistas afirmam refugiar-se no Buda, como seu professor e guia, no Dhamma, os ensinamentos, como seu caminho, e no Sangha, os discípulos iluminados, como sendo a inspiração para o caminho.

Porque é que os ensinamentos budistas são referidos frequentemente como o Caminho do Meio? (14)
O ‘Caminho do Meio’ é um termo usado pelo Buda em dois contextos distintos. Primeiro, como característica-cerne de seu ensinamento – todas as coisas surgem e desaparecem devido às causas e condições – como um caminho do meio entre os extremos do aniquilacionismo (a crença de que tudo termina com a morte) e a do eternalismo (a crença que a morte é seguida de felicidade ou de condenação eternas).

Segundo, o Buda apresentou o Óctuplo Caminho como um caminho médio entre os extremos da indulgência sensorial e do vazio asceticismo, (”sem dor não há benefício”). Contudo, seria um erro olhar para isto como sendo apenas um ensinamento de moderação. Pelo contrário, o Caminho do Meio deve ser compreendido dentro do conceito do esforço geral que leva ao abandono dos estados mentais inadequados, ao cultivo dos estados mentais adequados, e à libertação da ignorância e da ilusão. O Caminho do Meio não se encontra ao se buscar um ponto médio entre os dois extremos, mas antes, encontra-se sempre presente naquilo que qualquer prática espiritual possibilita como uma progressão excelente para o despertar.

O que é que o Budismo ensina sobre a natureza da felicidade? (15)
Os seres humanos podem obter dois tipos de felicidade: a que depende dos estímulos externos, a que não depende disso. O primeiro tipo de felicidade é vivido, ao seu nível mais básico, nos prazeres sensoriais: vendo, ouvindo, cheirando, saboreando e tocando coisas agradáveis.
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