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O Festival Esotérico e o Ovo da Páscoa

de Lubélia Travassos

em 14 Abr 2019

  (...anterior) Contudo, todo o cristão místico se digna a ter uma visão muito mais profunda e ampla sobre esse acontecimento cósmico, que se repete todos os anos, pela impregnação da Terra na vida do Cristo Cósmico. Assim, verificamos uma inalação durante os meses de Outono, que culmina no solstício do Inverno, que celebra o Natal, e uma exalação que chega ao seu término na época da Páscoa. Na verdade, a impregnação manifesta-se pela aparente inactividade do Inverno, enquanto a expiração da vida de Cristo manifesta-se como a força da Ressurreição, dando uma nova vida abundante a tudo o que se movimenta e vive sobre a terra, não só para a manter, mas também para se propagar e perpetuar.

E é assim representado, anualmente, o drama cósmico da vida e da morte, por todos os seres e criaturas que estão a evoluir, sem quaisquer discriminações, visto o sublime Cristo Cósmico, na Sua Compaixão, se ter sujeitado à morte, ao entrar nas condições de clausura da terra num determinado período do ano. O que aconteceu a Cristo no mundo irá acontecer também na vida de todos os que pretendem se tornar iguais a Cristo. Teremos de admitir que a morte é uma necessidade cósmica nas circunstâncias actuais. Mau seria se ficássemos aprisionados, perpetuamente, no corpo que agora usamos, e fossemos colocados num ambiente igual ao que hoje nos encontramos e vivemos. Ter de passar continuamente pelas enfermidades do corpo, assim como por todas as condições insatisfatórias do ambiente que nos rodeia, far-nos-ia ficar cansados da vida e, decerto, acabaríamos por implorar pela nossa libertação. Se tal prisão acontecesse seria um impedimento ao nosso progresso, e tornar-se-ia impossível evoluir para níveis mais elevados. A evolução só poderá ser alcançada através dos diversos renascimentos dos nossos veículos, noutros ambientes e circunstâncias, que nos proporcionem novas possibilidades de desenvolvimento espiritual.

Convém recordarmos alguns pontos relacionados com a morte e renascimento, que é natural termos esquecido. Dos símbolos cósmicos preservados desde a antiguidade não existe nenhum que tenha um carácter mais representativo do que o símbolo do Ovo. De facto, encontramo-lo em todas as religiões e civilizações. O ovo está presente no Antigo Eddas da civilização Escandinava, venerável pela idade, que fala do ovo mundano esfriado pelo sopro gelado no Niebelheim, mas depois aquecido pelo hálito quente do Muspelheim, antes dos vários mundos, e até o próprio homem, terem vindo a existir. Nos Vedas da Índia encontramos a mesma história no mito Kalahgansa, o Cisne do tempo e do espaço, que pôs o Ovo que veio a ser finalmente o mundo. Também entre os Egípcios encontramos o globo alado e as serpentes ovíparas, que simbolizavam a sabedoria manifestada no nosso mundo. Os Gregos usaram este simbolismo e o reverenciaram nos seus Mistérios. O mesmo foi preservado pelos Druidas. O símbolo do Ovo foi igualmente conhecido pelos construtores do grande outeiro da serpente, em Ohio, conservando o seu lugar na simbologia sagrada até aos nossos dias, embora a maioria dos seres humanos não consiga ver o grande mistério secular, que ela encerra e revela, e que produz o ser vivo, que nós chamamos Vida. Desta forma, aprendemos através do simbolismo sagrado do Ovo que embora a vida seja capaz de modelar a matéria não depende desta para existir.

Sendo auto-existente, sem ter princípio, também não poderá ter fim, ao ser simbolizado pela forma ovóide do ovo. Ao nos apercebermos do verdadeiro conhecimento encerrado no seu simbolismo, isto é, que a vida não é criada, nunca teve princípio e nunca terá fim, permitimo-nos a adquirir coragem para admitir que os seres humanos, que agora são retirados da sua existência física, estão apenas a atravessar uma jornada cíclica idêntica à da vida do Cristo Cósmico, que penetra na Terra no Outono e a abandona na Páscoa. Portanto, os que morreram estão apenas a transitar para os reinos invisíveis, de onde mais tarde irão de novo embrenhar numa matéria física, e entrar como todas as coisas vivas no óvulo da mãe (§).
  (... continua) 
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