Eis algumas notas duma peregrinação a locais importantes, que contudo não são reconhecidos exteriormente como sagrados, ou haja algo de especial a assinalá-los, a não ser uma agradável atmosfera de bem-estar, convidativa geralmente ao repouso...
O Rajastão, conhecido no mundo inteiro pela sua odisseia no deserto, é também famoso pelo seu Monte Abu, o retiro de férias nas montanhas, repleto de variedade vegetal, árvores coníferas, arbustos cheios de flores e vida animal. Situado a uma altitude de 1219 metros, ele faz parte da cordilheira de Aravali.
Começámos a nossa expedição para Parangla de Kibber numa linda manhã de Agosto. Obtivemos as nossas licenças para visitar as zonas fronteiriças do encarregado do distrito e alugámos três mulas, o melhor modo de transporte nesta região devido a sua habilidade em negociar o perigoso terreno coberto de neve. O nosso domador das mulas, que também era o nosso guia, era um velhote experiente com muita paciência tanto para os homens como os animais nas altas altitudes.
Ladakh é uma terra sem igual – mística, original e distante. Cercada por montanhas cobertas de neve, a paisagem montanhosa foi esculpida pelo tempo, vento e gelo glaciar. Essas barreiras naturais protegeram ferozmente a beleza de Ladakh, de maneira que até hoje mantém a sua aura de exótico e proibido, talvez o último Shangri-La.
Para quem nas suas peregrinações gosta de sair de Portugal para encontrar novos ambientes, sugerimos uma ida ao Mosteiro Budista Amarāvatī em Inglaterra. Dentro de um Mosteiro, quer seja Cristão ou Budista, ou simples comunidades, existem sempre as regras e as rotinas. Hoje a abertura religiosa é grande e pode-se fazer recolhimento dentro de um Convento Católico ou Budista sem haver a ideia de conversão, pois o respeito existe, tanto dos que acolhem como os que chegam; o que é necessário é saber respeitar as regras.