Quando estou em contacto com os ensinamentos Dzogchen, tenho frequentemente a estranha sensação de ouvir os ecos e ver as imagens dos meus próprios mestres, Ajahn Chah e Ajahn Sumedho. Quer pela maneira como esses ensinamentos descrevem princípios com os quais estou familiarizado, quer pelo uso de algumas das mesmas analogias e frases. Quando me apercebi desta semelhança, dei-me conta que tinha estado a praticar de um modo parecido ao Dzogchen durante pelo menos a última metade da minha vida monástica, desde aproximadamente 1987. Se eu tivesse sobrancelhas, acho que as teria erguido um pouco! Mas talvez a convergência não deva ser tão surpreendente. Afinal, todos temos o mesmo mestre: o Dhamma provém do Buddha e está enraizado na nossa própria natureza. Pode haver 84.000 distintas portas para o Dhamma, mas em essência há um só Dhamma.
"[...] Sobre o assunto de generosidade, um dos colaboradores mais significativos para a vida e o bem-estar de Amaravati, nesta última década, estará partindo em breve. Depois da Kathina deste ano, Ajahn Vajiro, que passou os últimos 10 anos vivendo em e ajudando a conduzir a comunidade de Amaravati, planeia seguir em frente.
Tenho fé numa maneira de ser silenciosa, na presença intuitiva da mente, numa abertura mental onde pensamentos ocorrem mas onde não são levados demasiado a sério. Tenho fé numa total atenção. Acredito que se a mente é sempre conduzida a um estado de silenciosa atenção, então, ela transforma-se num espelho que começa a reflectir a maneira como as coisas são. Fé em ser consciente é aprender a permanecer e apreciar o estar presente. Esta é a minha prática.
O Mosteiro Budista Theravada ou “Budismo Theravada da Floresta – Comunidade Religiosa”, esteve no começo de ano de 2011, desde Fevereiro até Maio, bastante activo na sua prática monástica. No início de Fevereiro, Ajahn Vajiro, monge sénior designado pelo Sangha internacional para dirigir o Mosteiro em Portugal, orientou um retiro de Meditação no Convento dos Capuchos na Arrábida. Para além de reuniões de trabalho com os directores do MBT (Mosteiro Budista Theravada) para o desenvolvimento do Budismo em Portugal, Ajahn Vajiro divulgou o Dhamma numa palestra na UBP. Foi também recebido na Embaixada da Tailândia com a cerimónia de Dana (oferta de alimentos) incluindo tailandeses residentes em Lisboa.
Ajahn Chah nasceu a 17 de Junho de 1918, numa vila rural situada perto da cidade de Ubon Rajathani, no nordeste da Tailândia.Viveu a primeira parte da sua vida como qualquer outro rapaz na ‘Tailândia rural’ da época, no seio de uma grande e agradável família. Seguindo a tradição, depois de completar o ensino básico ordenou-se como monge noviço, no mosteiro local da vila. Três anos depois voltou para casa dos seus pais, para ajudar com os trabalhos da quinta, mas sentindo uma atracção pela vida monástica, aos vinte anos decidiu ir de novo para o mosteiro e ordenar-se como bhikkhu.